Na noite eleitoral de ontem, impressionou-me o discurso de Serrão. Que tentou minimizar a derrota dizendo que Jardim transformara as ELEIÇÕES PARA A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA MADEIRA num plebiscito à Lei das Finanças Regionais. E então, meus caros amigos, QUEM PERMITIU QUE ISSO ACONTECESSE? O Pai Natal, talvez!
A comunicação foi absolutamente patética. Um emaranhado de queixas. Contra a Comissão Nacional de Eleições, os Órgãos da Republica, Alberto João Jardim, o PSD, a Comunicação Social, o jardineiro, o padeiro e sabe Deus quem mais…
Demonstrando claramente a falta de capacidade que o fez conduzir o PS aos piores resultados desde 1984 – apesar de ter tido mais meios para fazer campanha do que qualquer dos antecessores - , Serrão fugiu às responsabilidades e não deu qualquer sinal de ter entendido que o Povo da Madeira é maior e vacinado tendo feito a sua escolha de forma livre. E que a estratégia que segue há muito tempo, de colagem ao Governo da Republica, representou um suicídio político sem precedentes por cá.
Tentar levantar o fantasma do “défice democrático” para justificar uma votação absolutamente miserável (21.699 votos), uma derrota que o foi em todas as freguesias da Madeira, revela desonestidade (a palavra é essa, não encontro outra). Revela um político absolutamente agarrado ao pequeno poder de que dispõe. Mostrará aquilo que é hoje o PS-Madeira? Não acredito, mas a ver vamos no próximo congresso “rosa”.
Sinceramente, impressiona-me que os melhores entre os socialistas estejam presos a timings políticos ou a estratégias pessoais que permitem ao partido continuar refém da mediocridade de Serrão. Não tenho nada a ver com isso, é certo...