20.2.10

Abutres

Os corpos das (pelo menos) 32 pessoas que socumbiram ante a força das águas ainda não arrefeceram, já os corvos e abutres debicam a carniça. Helder Spínola, João Carlos Silva, Roberto Almada, Edgar Silva e Luís Miguel França comportam-se como a escumalha mais abjecta e ignóbil, ao fazerem um aproveitamento político rasteiro e infâme da tragédia que se abateu sobre a Madeira. Fiquem descansados que a população madeirense não o esquecerá!

11 comentários:

charlie disse...

Apesar de triste e chocado pela perda de vidas humanas nesta tragédia ocorrida na Madeira, tenho no entanto, lucidez suficiente para distinguir as coisas. A construção desordenada e descontrolada que se verifica na Madeira, e no Funchal em especial, deu origem às imagens que todos vimos, na primeira pessoa ou nas televisões. E já cá faltavam os mesmos de sempre para sacudira a (imensa quantidade) de água do capote. Todas as acções dão origem a uma reacção, sejam elas rosas, laranjas ou de outra cor. Não percebo porque é que, quando é para um lado, vale tudo e tudo conta. Quando é para o outro, já são abutres aproveitadores...
Os meu sincero voto de pesar às famílias que perderam os seus entes queridos e as suas casas.

Vilão Boque disse...

É verdade que contra o tempo nada podemos fazer. Mas permitiu-se tanta coisa mal feita, tanta asneira, obras realizadas à pressa e sem o mínimo de preparação técnica...
Por outro lado, já estávamos avisados, e ninguém se preocupou em tomar medias preventivas.
Não venham agora se armarem em vítimas e chamar os outros de abutres e miseráveis. Uma boa fatia da culpa é nossa. Se o ordenamento estivesse efectuado, se a construção não fosse desenfreada, se as ribeiras estivessem limpas, se houvesse controlo sobre as contrutoras e sobre quem deita lixo nas ribeiras... muita coisa podia ter sido evitada!

Sancho Gomes disse...

tudo isso pode ser verdade e é discutível. mas não enquanto procuram-se sobreviventes, repara-se os equipamentos, acude-se os desesperados e chorea-se os mortos. porque fazê-lo neste momento é efectivamente uma atitude miserável!

Anónimo disse...

Tem razao Sancho, Abutres! A começar por si! Nem deixou arrefecer e ja estava a vomitar um comentario triste e ignobil contra quem tem responsabilidades politicas e ambientais na Madeira e tem todo o direito ou antes o dever de se pronunciar sobre o que se passa na Regiao. Alem disso, deve admitir que estas e outras pessoas nao estao a falar so agora sobre os problemas de ordenamento. Sobre o Dolce Vita/ Funchal Centrum, muitas pessoas se pronunciaram contra aquela obra pelo estrangulaemnto que iria provocar outra vez a Ribeira de S. Joao.

Não é esta a oportunidade para ver o que se fez mal, sobretudo com a ocupação das ribeiras por parques de estacionamento?

Algumas das situações que aconteceram nas zonas altas poderão encontrar justificação na chuvada, mas que dizer das ribeiras que transbordaram? Têm largura suficiente para as chuvadas que ocorrem com alguma frequência? E os detritos da Quota 500 dentro das ribeiras que vieram por alí a baixo? Que tens a dizer sobre isso?

Sancho Gomes disse...

"I. As vítimas da Madeira merecem o nosso respeito e silêncio. Por uns dias, os machados de guerra políticos devem ficar enterrados. Mas este respeito patriótico, que coloca o país acima de qualquer guerrilha política, não apareceu. Logo no sábado, ouvi e vi na televisão pessoas a criticar o ordenamento do território de Alberto João Jardim. Essas críticas não podiam esperar uns dias, meus caros? Os "fiscais" da Quercus, por exemplo, não podiam esperar até ao final da semana? Tinham de fazer ambientalismo instantâneo em cima de dezenas de mortos?"
Henrique Raposo: http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/566665

Caro anónimo, ao contrário de si e da sua "família", há gente decente neste país.

Donato Macedo disse...

Boa tarde. O assumir de erros pode não ser agora o prioritário, não o é certamente. Mas fazê-lo é algo nobre, sejamos políticos, técnicos ou simples cidadãos atentos. E erros há para todos os gostos e com muitos avisos prévios.

Sancho Gomes disse...

Donato,
com certeza que é necessário discutir erros e responsabilidades. Mas não é este o momento, conforme frisa bem o Rui Caetano, VP do PS/Madeira.
Quem se porta comos os senhores que eu elenquei, é abutre!

Donato Macedo disse...

Sancho, eu percebo o seu ponto de vista. Respeitável e legítimo (exceptuando a sua adjectivação se me permite), no entanto relembro que os avisos feitos (com bom tempo e sem angústia), caíram em saco-roto e o resultado está à vista. O principal obreiro do bom e do mau, afirmou no sábado que se não fossem as obras das ribeiras o resultado tinha sido pior!! Além de ser profundamente deselegante (outra vez) em chamar de "miseráveis" os que alertavam para as intervenções mal conseguidas. Se também quiser-me chamar de "abutre", esteja à vontade, mas acho que isso não também não ajuda em nada. Abraço e oxalá que saiamos todos deste pesadelo.

Sancho Gomes disse...

Donato:
compreendo o seu ponto de vista, mas entendo que a adjectivação caracteriza pormenorizadamente a atitude daquela gente. por isso, mantenho-a, sem alterar uma vírgula que seja!

Sir Reynolds disse...

Não há palavras para descrever o que aconteceu à nossa ilha! É tempo de arregaçar as mangas e ajudar quem mais precisa.

André Pinto
http://todo-dentro.blogspot.com

Anónimo disse...

Sancho

Quem escreve assim não é gago mas certamente que será "doente"! Não me parece que te preocupes com a "carniça" das vítimas mas com a "carniça" obesa do teu partido!

amsf