17.3.05

Asneira proletária

O "auto-eternizado" e inefável dirigente máximo da CGTP visitou-nos. Como não podia deixar de ser agradeceu a nossa hospitalidade com contributos espantosos para a explicação do desemprego.
Após desfiar um chorrilho de manifestas tonterias (apenas para justificar o preço da passagem) e lugares comuns demagógicos, brindou-nos com esta ode à idiotice: o desemprego na Madeira só não é muito elevado porque as estatísticas não contam com os trabalhadores que vêm de fora e, findos os projectos em que estavam a laborar, regressam sem trabalho aos seus locais de origem.
O que quererá este senhor ?
Pelo menos, no tempo que aqui trabalharam não engrossaram as fileiras de beneficiários do subsídio de desemprego.
Pelo menos, no tempo que aqui estiveram contribuiram para o aumento da produtividade do país.
Pelo menos, no tempo que aqui passaram foi-lhes possível alimentar as suas famílias.
Talvez fosse importante perguntar o que é que esses trabalhadores estavam a fazer antes de para cá virem ? Acaso estariam a trabalhar, acaso estariam a produzir, acaso estariam a evitar a fome dos seus filhos ?
Tomara ao país ter mais regiões ou locais que gerassem a quantidade de trabalho que aqui gerámos e estamos a gerar (só a título de exemplo, vejam-se os níveis de execução dos fundos comunitários).
São estas atitudes que, às vezes (cada vez mais), cansam. Mas, vindas de onde vêm, compreende-se. Vêm de alguém que não soube sair, de alguém que pouco contribuiu para o desenvolvimento do país, de alguém que, como se diz por aí, fala, fala, mas nada faz.

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