Prometi a mim mesmo que não escreveria uma linha sobre o tiranete de Cuba que a “imensa minoria” dos intelectuais europeus estimam. Mas como, com demasiada facilidade, a imbecilidade irrita vou quebrar a promessa. Nunca, nem mesmo quando era mais vulnerável a este género de ideais, exprimi qualquer simpatia pelos “heróis” da Sierra Maestra. Não tive posters de Fidel Castro no quarto nem usei t-shirts com a estampa de Che Guevara, produto gráfico que é em si uma grande e lucrativa realização capitalista. Pois é.
Enquanto o mundo civilizado começava a ver os resultados previsivelmente desastrosos do comunismo, o utópico da América Central teimava em prosseguir na aberração em que tornou Cuba; a que alguns indigentes se atreveram chamar de “perfeita”.
Depois, foi o percurso normal como vem nos livros de História. Eternização no poder, eliminação sistemática de opositores, total ausência de liberdade de expressão, proibição de sair do país, redução da economia a pregos e martelos e padrões de vida próximos da Idade Média.
Tudo, claro, em nome repartição equitativa da riqueza no país e em nome dos tempos da ditadura Fulgencio Batista. E a isto, para legitimação desta inclassificável experiência de modelo de sociedade, juntou-se algumas dezenas de reconhecidos artistas desavindos com o mundo, os seus bons charutos, putas, mohitos e o “cuba-libre”.
Sinceramente, até gostava que Cuba não mudasse nas próximas décadas, pelo menos para ter sempre à mão um exemplo prático de como certas ideias podem inquinar um país.
2 comentários:
é só uma pergunta se me permite, porque o bento fechou blog???
Se calhar pelas mesmas razões pelas quais também apetece fechar este: a imbecilidade de muitos leitores.
Enviar um comentário