25.1.07

Uma festa

A plataforma do Não Obrigada, continua em intensa e mirabolante campanha. Agora propõe-se fazer uma festa designada convenientemente por Party 4Life. Desconheço o autor de semelhante ideia, aliás, uma designação copiada de alguma rave com Dj’s que apelam à pastilha sob o ritmo da dance music. Mas o fenómeno é demonstrativo do patamar a que se chegou.
As campanhas, de ambos os lados, estão pelas ruas da amargura. Argumentos baixos são respondidos com argumentos ainda mais baixos e o esclarecimento é o último dos objectivos propostos (sobre este assunto, ler o artigo muito lúcido de Pacheco Pereira no Público de hoje). Como disse há uns tempos atrás, a campanha não mudará a opinião de ninguém e será, toda ela, inócua, radicalizando-se à medida que se aproxima a data do referendo. Se exemplos faltassem para me dar razão, bastava ler alguns posts do blogue da já referida plataforma ou imaginar esta ideia da rave Party4Life.
Era bom que ninguém seguisse estes espalhafatosos caminhos e não fizesse dum drama real, uma festa de ocasião. Mas naturalmente temo que uma campanha normal não seja mais possível. Infelizmente para todos nós, há muito sofrimento silencioso neste país. Que merecia mais respeito. E que merecia outro tipo de atenção.