Parece que, finalmente, o ténis português terá uma figura de referência. Michelle Archer de Brito, uma jovem tenista que neste momento complementa a formação nos Estados Unidos, é elogiada assim no sítio oficial do Torneio de Wimbledon:
"All today’s junior matches have been cancelled, including Michelle Larcher de Brito’s (she’s my tip for the top so remember the name – the Portuguese Prodigy, they’ll be calling her in a few years time)."
Michelle compete no Campeonato Júnior e tem sido uma das revelações.
Para a modalidade (uma das minhas favoritas, de resto), ter uma figura com algum relevo internacional é fundamental para atrair practicantes, sponsors e público.
De qualquer maneira, se Michelle tiver sucesso, a única pessoa que em Portugal pode reclamar para si algum do mérito é o pai (e treinador) da tenista. De resto, nem a federação, nem as entidades públicas ligadas ao desporto poderão apregoar méritos. Porque, de facto, não os têm.
Em Portugal, o ténis é tido como uma modalidade elitista e cara, percepção que nada tem a ver com a realidade (hoje, qualquer raqueta de ténis é mais barata que as botas de futebol utilizadas pelos candidatos a cristianos ronaldos de 11 anos).
Por incúria dos seus responsáveis, tem pouco público. Assim sendo, não tem a visibilidade que tem na esmagadora maioria dos países desenvolvidos e, por isso, atrai poucos parceiros externos.
Os candidatos a jogadores vivem rodeados por um mar de dificuldades. O centro de ténias da federação está adiado há anos. São poucos os campos e ainda menos aqueles que têm condições mínimas. A organização do Estoril Open, evento com forte visibilidade mediatica no exterior, reclama anualmente a construção de uma sede para o torneio (andar, todos os anos, a montar estruturas temporárias é rídiculo).
De facto, se Michelle fizer a carreira a que legitimamente aspira, o mérito será dela. E do pai...
Para seguir a sua carreira em Wimbledon, deixo-vos este link.
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