28.6.07

O mestre, sempre o mestre a apontar o caminho

"Repito o que lhe disse: quando se perde humanidade não vale a pena ser-se filósofo; se viesse um deus à terra, embora o papel coubesse melhor a um demónio, e lhe trouxesse a verdade, mas com o encargo de levar em troca o amor dos homens, não deveria haver em si outra atitude que não fosse a de recusa. (...)
Entre as palavras e as ideias detesto esta: tolerância. É uma palavra das sociedades morais em face da imoralidade que utilizam. É uma ideia de desdém; parecendo celeste, é diabólica; é um revestimento de desprezo com a agravante de muita gente que o enverga ficar com a convicção de que anda vestida de raios de sol".

Agostinho da Silva, in Sete Cartas a um jovem filósofo.

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