A tomada de posse de Obama representa um momento de esperança. Até eu, que não fui um adepto de primeira hora do novo presidente, convenci-me aos poucos de que os Estados Unidos e o mundo necessitavam de outro tipo de discurso, que recuperasse a crença de que outro caminho, sendo desejável, é também possível.
Obama é um político extraordinariamente inteligente. Ontem, fez questão de baixar as expectativas. Mas mesmo assim, a fasquia está muito alta. Esperemos que o capital de esperança que trouxe não se volte contra ele, porque de desilusões estamos todos fartos. Pede-se:
- Que consiga dar voz ao povo, combatendo os abusos dos "donos" da globalização;
- Que consiga perceber que os recursos são finitos e que urge uma nova política ambiental;
- Que abra caminho a uma sociedade mais consciente, menos baseada nesta espécie de consumismo apocalitico; Isso faz-se pelo discurso e pelo exemplo;
- Que abra caminho a uma sociedade onde o crescimento não seja um valor em si mesmo, um valor abstracto, mas sim um factor concreto que contribua para dar melhores condições de vida à maioria;
Não é pouco. Mas por isso e para isso é que foi eleito, à revelia das grandes máquinas partidarias norte-americanas. Foi a esperança que congregou à sua volta milhões de cidadãos, nos EUA e no mundo, que o empurraram para a vitória.
É um caminho dificil. Que levará tempo. Resta saber se Obama terá vontade e força para o percorrer, não sucumbindo ao primeiro revés. Os dados estão lançados. O capital de esperança é enorme. Esperemos que não traga uma desilusão ainda maior.
2 comentários:
Coitado do Giulliani!
Alia jacta est!
Esperemos agora por resultados.
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