No triste debate televisivo de ontem salvou-se Ricardo Vieira, o mais esclarecido entre os participantes. Os restantes candidatos à presidência da Câmara do Funchal dedicaram-se, afanosamente, à desnecessária tarefa de prometer aquilo que é impossível realizar.
Creio que alguns deles ainda não perceberam que não concorrem para primeiro-ministro, nem sequer para presidente do Governo Regional. Vão a votos, isso sim, para uma Câmara Municipal que, como todas as congéneres do país, tem atribuições e mais e verbas a menos. E que fruto de um acumular de situações, algumas recentes e outras que vêem do "tempo da cheia" - adoro esta expressão - não tem dinheiro "para mandar cantar um cego", quanto mais para "criar mil empregos por ano" - autoria C. Pereira -, para fazer "mil casas por ano" - o Dr. C. Pereira deve ter um fétiche qualquer com o número mil - ou para promover disparates como aqueles que foram defendidos pela Dr.ª Violante convertida, há muito tempo, num verdadeiro dicionário de lugares-comuns pseudo-revolucionários.
Projecto de cidade. Alguém ouviu a maioria daquelas bocas pronunciarem semelhante expressão?
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