Decorre da leitura da blogosfera madeirense que nada mais se passa para além da sindicância à Câmara Municipal de Funchal e a possibilidade do Ministério Público investigar eventuais indícios de corrupção.
Sobre estes factos, não faço qualquer comentário, uma vez que não possuo informação suficiente para emitir uma opinião devidamente fundamentada.
Por outro lado, também não me interessa minimamente as pequenas lutas do PS, que agora pede a cabeça do presidente da Câmara Municipal de Funchal na expectativa de vir a beneficiar da guerra surda que estes acontecimentos indiciam: Miguel Albuquerque versus Cunha e Silva. Porque convenhamos que, conforme dizia o meu amigo Gonçalo, o resto é treta.
Mas o que tem mesmo me atraído em toda esta embrulhada tem sido o silêncio de Alberto João Jardim. Desde o início deste novo episódio da guerra entre delfins, que dura já há alguns anos, que Jardim tem mantido um silêncio sepulcral, nada habitual no presidente do PSD-Madeira e que poderá sugerir claramente qual o seu posicionamento relativamente à sua própria sucessão. Eu ainda me recordo do apoio que Jardim deu a autarcas correlegionários, mesmo depois de terem sido condenados pelos tribunais. Aliás, notam-se algumas movimentações subreptícias de homens próximos a Jardim que, não querendo assumir que neste embróglio há matéria mais relevante para o jogo da sucessão do que propriamente criminal, indicia quais são as preferências do presidente do Governo Regional. Veremos quais os próximos desenvolvimentos dentro do PSD/Madeira e qual a importância que todo este triste episódio terá na sucessão. E veremos quantos tiros sairão ao lado.
4 comentários:
Estás admirado com o silêncio do dr. Jardim. E com o do Gonçalo que por colaborar com a câmara acha que isso da auditora "são tretas". Pudera!
Tanto barulho, e o sucessor será o Guilherme Silva... tsc, tsc, tsc.
*já sei: "é um simples militante do PSD", isto dito por um simples caça-fundos...
Independemente dessa guerra de delfins os agentes de justiça têm que actuar. Seja na política, no desporto, na economia, sob o perigo de os cidadãos mais "esclarecidos" iniciarem um movimento expontâneo de desobediência cívil. Quando as "autoridades" caem na lassidão o cidadão começa a arranjar argumentos para não pagar os seus impostos, não cumprir a lei ou ter uma postura menos "generosa" para com a sociedade. Se há pessoas que cumprem a lei por medo também as há por pensarem que este é o melhor modelo para se viver em sociedade. Se as autoridades deixam de impor respeito aos broncos que a temem por temerem rápidamente o sistema esboroa...até os que cumprem a lei por dever cívico e não por medo da lei começarão a acreditar na lei da selva, na filosofia do espertalhão...
REGRA BÁSICA:
O juiz não pode resolver o conflito de interesses que a acção pressupõe sem que a resolução lhe seja pedida por uma das partes e a outra seja devidamente chamada para deduzir oposição.
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