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"O Fantasma de Hitler", de Norman Mailer, dá-nos a conhecer D.T., o pequeno demónio que guia Hitler (Adi) desda a infância até à sua conversão num dos maiores assassinos da História da Humanidade.
Partindo de factos verídicos, Mailer transforma a infância e juventude de Adi - um fruto de incesto - numa luta contínua entre o bem e o mal. Com a frase de Santo Agostinho Inter faeces et urinam nascimur como "banda sonora". E com colónias de abelhas em fundo - plataformas de estudo de onde o jovem Adi retirará as noções sobre as sociedades humanas.
Com a fluência narrativa habitual, Mailer constrõe um romance (há quem lhe chame "não-ficção criativa") de leitura agradável. Embora não seja aquilo que de melhor o autor, com 84 anos, já escreveu.