14.1.08

Um quinto canal

A celeuma levantada pelo anúncio de um quinto canal generalista é a habitual. Para alguns não há necessidade, para outros não há mercado, para outros ainda vai gerar desemprego. Para mim, nada disto será absoluto e não passa de uma simples e boa notícia. Como sabem, sou muito liberal no que ao mercado diz respeito e assim entendo que cabe aos anunciantes decidir e ao público escolher o que vale ou não vale a pena. O que não faz sentido é manter negócios protegidos nas mãos dos suspeitos do costume. O cerne do problema cabe então à gestão dos canais, às receitas publicitárias, às audiências e à própria qualidade dos conteúdos e das emissões. Não cabe ao Estado e ao seu papel omnipresente decidir quem deve e quem não deve abrir um canal de televisão. Tudo o resto me é indiferente: cinco canais, dez canais, duzentos canais, nenhum canal, tanto me faz. Na verdade, não vejo praticamente nenhum. A televisão generalista portuguesa, pública e privada, é verdadeiramente insuportável. E desconfio eu que isso nada tem a ver com o número de emissões e de licenças.