31.1.10

Lamentável!

Se dúvidas me sobrassem, este happening da APF (é, auto-intitulam-se de Associação para o Planeamento da Família (???), mas apenas se lhes reconhece contributos para a aprovação da lei do aborto e activismo da causa gay) mostra bem que tipo de participação querem ter na sociedade.
Lamentável é que a CMF dê cobertura e financie manifestações deste tipo, quando falta dinheiro para acções bem mais relevantes (lembro-me da celeuma que deu a parceria estabelecida com a Associação Portuguesa de Famílias Numerosas).
Uma política cultural muito sui generis, não haja dúvidas!

5 comentários:

Anónimo disse...

Coitados (CMF)! Provavelmente nem se aperceberam do que estariam a apoiar!

amsf

Woman Once a Bird disse...

Nem sei por onde começar com este teu post. Outros formatos familiares são assim tão incomodativos? Get a grip, Sancho! (nem comento o argumento sobre o dinheiro desperdiçado com iniciativas culturais).

Sancho Gomes disse...

WOAB;

Claro que dinheiro para a cultura pode ser mal empregue (lembras-te dos 70.000 contos para o Branca de Neve, de João César Monteiro?). É que se o dinheiro fosse dos senhor@s que pensaram a iniciativa, estava-me a marimbar. Mas é também o meu que ali está e que será usado para afagar o ego de meia dúzia de pessoas que vão ver umas coisas, beber uns copos, fazer uma jantarada e acabar a noite no Marginal. E é essa utilização dos dinheiros públicos que eu classifico de lamentável. No Funchal, em Évora, nos jardins da Madre Teresa.
Quanto à acção da APF, também me parece um bocado sui generis, para uma associação que se denomina de planeamento da família: estão a trabalhar com famílias disfuncionais? Pretendem ajudar famílias cujos rendimentos são diminutos? Desenvolvem actividade para diminuir o número de mulheres que recorrem ao aborto? Ajudam os casais com problemas de fertilidade? Estão no terreno promovendo acções de informação? Combatem a violência praticada contra as famílias (e no seio delas)?; Não! Andam preocupados com os gays e bissexuais e acham que um bom plano de actividades, para uma associação com aquele âmbito, é promover exposições sobre homossexualidade. É este o papel que definiram para si na sociedade. Insisto: parece-me patético…
Todavia, reconheço-lhes legitimidade para fazerem o que lhes der na real gana. Não quero é que o meu dinheiro seja usado para o seu plano de actividades, que interessa apenas a uma elite burguesa e a um grupo de artistas que recorrem a financiamentos públicos para uma agenda que não tem qualquer tipo de relevância cívica.
E sim, preocupa-me que os dinheiros públicos sejam utilizados para isto (tal como me preocupa que sejam utilizados para os aborto e não para a fertilização) e não para promover eventos culturais que financiem acções de combate aos verdadeiros problemas que afectam as famílias hoje.
O dinheiro não chega a tudo e era bom que chegasse ao fundamental!

Sancho Gomes disse...

amsf,

e vc acha que Teresa Brazão deve ser tonta, para não saber o que apoia. Vc tem cada uma...

jacinto gouveia disse...

Quero referir que o Estado já apoia os tratamentos de infertilidade, possivelmente devia ser num montante superior mas isso não invalida que se possa dizer que não contribui em nada! E claro se acha mal que haja dinheiros públicos canalizados para fazer abortos gostaria de ser elucidado o que devia ser feito com os bebés nascidos sem serem desejados, presumindo que muitos deles seriam entregues a instituições, visto os seus pais não terem possibilidade de os alimentar, aí subsistiriam de ar? Claramente se o problema é o dinheiro a opção aborto é muito mais barata .