22.3.06

Mais palavras para quê?

Consta que anda gente nervosa por causa do encerramento da sala de imprensa da Assembleia.

Depois dos lamentáveis episódios, parlamentares, a mim já nada me espanta.
É mais um facto para juntar a tantos outros.

O órgão número um, da soberania regional, mais parece uma caixinha de surpresas. É que nunca se sabe o que dali vai sair.

Agora é a sala de imprensa, ontem foi a eminente cena de pancadaria. Há dias o episódio era o, tresloucado requerimento. Há uns meses atrás a aberração foi os “cifões & companhia”.
São tantas as estórias que a própria memória já se encarregou de eliminar algumas. Roubam espaço, ao importante…

Perante tanta aberração, mais uma, menos uma. É como se não existisse.

O jornalismo político que se faz na Madeira, nunca passou por aquela sala. Ela é muito mais útil para os políticos, do que para os jornalistas. São eles que marcam conferências, fazem comentários, esclarecimentos, comunicados, rebatem argumentos, acrescentam pontos. Já assisti a casos, em que existiam deputados em lista de espera, para falar na mediática sala.

Os jornalistas apenas usam-na para o respectivo trabalho.

Já ouvi algo do género….se os partidos querem falar com a comunicação social, fazem-no nos respectivos gabinetes.


Já estou a ver.

Desculpe, onde é o local de trabalho do PSD?
Oh, menino; com quem pretende falar?
Com o grupo parlamentar do PSD.
Olhe que são 44 deputados! Qual deles?.....

Não é aqui. É no “lojão”. ( Lojão é um anexo da Assembleia onde estão alguns partidos como, o CDS/PP e o BE. – pelo menos)


Os jornalistas já estão habituados a serem mal recebidos. Quando não aparecem é que cai o “carma e a trindade”. De resto, são poucas as entidades que se lembram de criar condições para os jornalistas trabalharem. Inteligentes foram os jornalistas desportivos. Fartei-me de os ouvir queixarem-se da falta de condições nos estádios de futebol.

A persistência parace que resultou.

Julgo que o mesmo deveria acontecer na Assembleia.

Além do local de cobertura das sessões plenárias, ser minúsculo, querem agora retirar o único espaço que existe na Assembleia, para apoio dos jornalistas.

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