23.3.06

O “trabalhinho” francês

À parte o problema do envelhecimento europeu, a polémica sobre a nova lei laboral francesa é típica dos estados que durante décadas providenciaram tudo aos seus cidadãos. Como, de resto, ainda se faz em Portugal. Mas mesmo sem produzirem para o que gastam, os franceses, essa nação incompreensível que nem é nórdica nem latina, ainda acham que têm todos os direitos. E que ainda os devemos aturar.

Agora repare-se, como é que os EUA têm as leis laborais menos proteccionistas para os trabalhadores e são a economia que são. Pois. A resposta é fácil, é que a dinâmica empreendedora dos EUA gera quase só por si emprego para todos, e com remunerações dignas. Se hoje uma empresa fecha, não há nenhuma fatalidade, no dia a seguir (literalmente) abre outra. Ninguém fica à espera do emprego certinho. Ninguém fica à espera do Estado-Providência, como em Franca, e em Portugal.

Para ilustrar isto, um emigrante português na América disse-me uma vez uma coisa que nunca mais esqueci. «Meu caro, na América não se ganha nada sem trabalhar».

PS: Agora fico à espera dos Anti-Americanos.

Magno Velosa

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