Gouveia continua obcecado pelo funcionamento do aparelho de justiça na Madeira. Augusto Santos Silva revelou obsessão por Jardim e Alberto João continua obcecado com o Primeiro-Ministro.
12H30 TECNOPOLO
No primeiro discurso como presidente do PS, João Carlos Gouveia (o deputado a quem o PSD pediu que fosse realizado um exame à sanidade mental) deixou de fora importantes pormenores para quem aspirava, mas agora é o responsável pelo principal partido da oposição na Madeira.Da boca de Gouveia não saiu uma palavra de esperança para os 250 mil habitantes do Porto Santo e da Madeira. Principalmente para os mais desfavorecidos. Os que devido à condição social e económica em que já viviam, não conseguiram apanhar o comboio do desenvolvimento dos últimos 10 anos.
Ausente também estiveram os 8 mil desempregados. Não se ouviu uma ideia, ou uma crítica sobre este flagelo social, nem como o PS tenciona ajudar o Governo a ultrapassá-lo.
O estado da economia da região, não foi criticado, nem mereceu de Gouveia um reparado de como o Governo pode incentivar o investimento privado.
14H30 CHÃO DA LAGOA
Foi a vez de Jardim subir ao palco para proferir mais uma série de clássicos.
Fê-lo com pompa e circunstância.
Da comunicação social (pró-Governo), às ex-colónias (Angola), das empresas do Estado (TAP) ao Partido Socialista e respectivo líder. Foram todos referenciados por Jardim.Até o novíssimo “senhor Pinto de Sousa” é outro dos clássicos do líder madeirense. Quem não ser recorda do Senhor Silva (Cavaco Silva). O mesmo a quem solicitou que interviesse duas vezes: primeiro alertou o Presidente da República para estar atento ao alegado “separatismo” provocado pelo “Senhor Pinto de Sousa, também chamado José Sócrates”. Em causa, a ainda polémica lei das Finanças Regionais e a respectiva novela. O outro motivo para Cavaco Silva intervir tem a ver com a proposta de lei do PS sobre a titularidade dos órgãos de comunicação social. Pediu aos partidos da oposição para votarem contra. Caso a lei seja aprovada o Governo Regional é, por exemplo, obrigado a desfazer-se do Jornal da Madeira.
Depois foi a vez de Mendes subir ao escaldante Chão da Lagoa para revelar o quanto estava absbélico com a festa.Caso dúvidas houvesse, deixou claro porque é que vai perder o partido.
Muito antes, mas no ar condicionado do Tecnopolo Augusto Santos Silva já tinha tratado de atacar Mendes. A vinda à Madeira de Mendes era para o Ministro socialista uma “humilhação” para ganhar votos no partido. De fora não ficou Jardim. Provocou-o ao dizer que na região há uma espécie de “carrossel de inaugurações. Já não se inaugura curvas, mas parte de curvas.”Duas horas depois e no Chão da Lagoa ninguém respondeu. Nem a estreante Nivalda Gonçalves demonstrou estar atenta aos discursos dos socialistas.