Até no acto de despedida da liderança do PS-Madeira, Jacinto Serrão foi patético. Definitivamente, um final à altura para aquele que foi o pior líder do PS na Região.
Aquela exigência de intervenção do Estado na autonomia madeirense demonstra toda a subserviência e espírito servil que Serrão queria para a Madeira e para os madeirenses. E é sintomática do reconhecimento da sua incompetência e incapacidade para fazer frente ao PSD-Madeira. Por isso, exige que seja o Governo da República a fazer aquilo que a oposição nunca conseguiu: afastar o PSD-Madeira da governação.
É patético, mas não deixa de ser grave. Ouvir disparates como esse por parte de continentais não é agradável, mas até é compreensível, atendendo à total ignorância e/ou desconsideração que muitos continentais revelam relativamente às autonomias. Agora, não posso aceitar que um político madeirense se preste a um papel de vassalo, que pensávamos erradicado da Madeira, e solicite a intervenção do poder central para "repor" a normalidade democrática na Região, sem qualquer tipo de respeito pelas instituições autonómicas.E é tanto mais grave, porque esta subserviência começa a fazer eco no continente. O editorial do Público de hoje é disso elucidativo. Não me admirava nada que qualquer dia se exija o bombardeamento da Quinta Vigia e a imposição de um Governador.
É, igualmente, grave, uma vez que outros madeirenses começam mesmo a achar que é preferível submeter-se à Lisboa, renegando a autonomia legitimamente reivindicada ao longo de séculos, desde que com isso se consiga afastar Alberto João Jardim. Tristes tempos, os nossos. Pensava eu que nenhum madeirense aceitaria vergar-se de novo perante o poder central. Que a alma de escravo estava morta. Pelos vistos, estava enganado!
2 comentários:
A alma de escravo da maioria dos madeirenses não está morta e isso vê-se na subserviência dos autárcas eleitos nas listas do PSD que prestam vassalagem a uma dezena de senhores do Funchal.
Aliás, triste é a figura do "vosso" líder nacional que o ano passado foi convidado a vir ao Chão da Lagoa para posteriormente ser desconvidado e agora veio porque se fez convidado de acordo com as afirmações do Filipe Menezes.
O "seu" líder nacional vem namorar os c/ de 10.000 votos dos militantes do PSD/M esquecendo que na semana anterior denunciou uma prática que é comum dentro do PSD. Segundo as suas palavras os caciques do PSD arrebanham os militantes com as quotas por pagar e fazem-nos votar no candidato que apoiam a troco do pagamento das referidas quotas. Certamente essa práctica será aplicada na Madeira nas próximas directas para a eleição da liderança do PSD pois a quase totalidade dos militantes regionais não têm as quotas em dia.
Finalmente se via embora o Jacinto Serrão... Que presta vassalagem ao continente...
Ponto positivo é que o novo líder não quer prestar vassalagem ao Pinto de Sousa!
Espero que a oposição melhore!
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