4.8.07

Tolerância política

Se há uns bons anos atrás justificava-se a tolerância de ponto, (facto que tenho sérias dúvidas) hoje não existem argumentos que expliquem a medida.

Os políticos não podem, num dia dizer que é necessário trabalhar mais, e no outro dia, dispensar 20 mil funcionários públicos por causa de um rali.

Das duas uma: ou o país e a região estão em crise, (o que não parece) ou só existem dificuldades quando é necessário pedir sacrifícios aos contribuintes? No caso da Região, os madeirenses não têm voz activa no que respeita a matéria fiscal.(até têm mas não usam) Apanham por tabela o que Lisboa decide.

Digo isto porque, ainda sexta-feira, ouvi muitos funcionários públicos a quem o Governo Regional atribuiu, o bónus extra, discordarem.

Se há muito “empregado” da região se perde de amores por carros, outros existem cujas paixões não passam pelos cavalos dos automóveis.

A única explicação possível, mas politicamente incorrecta para ser revelada: é que os 20 mil trabalhadores servem de figurantes do rali. Será?

2 comentários:

amsf disse...

"No caso da Região, os madeirenses não têm voz activa no que respeita a matéria fiscal. (Até têm mas não usam). Apanham por tabela o que Lisboa decide."

Se o Governo regional não usa a possiblidade de descer o IVA em 30% e em 20% o IRS em relação aos valores do Continente é porque concorda com essa carga fiscal pelo que não se poder dizer que os madeirenses "Apanham por tabela o que Lisboa decide." Se os Açores são mais "atrasados" que a Madeira e conseguem fazê-lo porque não o faz a Madeira?!

Anónimo disse...

Sempre fui contra este tipo de tolerância de ponto que coloca os FP numa situação de previlégio. É mesmo duvidoso que estes funcionários tenham direito a mais feriados que os demais trabalhadores. Acho uma boa questão para ser discutida pelos politicos cá do burgo.