18.2.08

Será Timor um estado viável?

É impressão minha, ou já todos começamos a engolir a propanga australiana de que Timor Leste não é viável enquanto país (ou não estivessem c om o olho gordo em cima do petróleo timorense)? É que eu conheço países com muito menor dimensão e muito menos riquezas que não só são viáveis, como conseguem proporcionar qualidade de vida aos seus habitantes que nem de longe temos em Portugal.
Não, Timor parece-me viável e o problema não são os timorenses. O problema de Timor foi que nenhuma das duas potências coloniais (sendo que uma delas exerceu uma violência e uma repressão brutais) deixou massa crítica intelectual, antes pelo contrário. Por isso é que a política em Timor ainda recorre às relações familiares. Mas como muito bem disse o Miguel Fonseca, esta não é uma exclusividade e muito boas democracias ocidentais padecem do mesmo mal. O problema é que naquele caso, as famílias estão armadas...

8 comentários:

Magno Velloza disse...

Caro amigo, o problema de Timor são mesmo os timorenses que não querem fazer nada, além de sentarem o rabo debaixo das árvores. Aquele povo não tem sequer o mínimo básico para se poder chamar sociedade. Já há um número considerável de madeirenses que trabalharam em Timor. Fala com eles e depois verás.

Sancho Gomes disse...

Companheiro Magno,

antes de mais, bons olhos te leiam.

Que razões, então, existem para que aquele povo não queira mexer o rabo para nada? Terão, assim, um gene da preguiça que desconhecemos...

Su disse...

obvio que ali está o olho gordo dos sabidos--------mas acredita...eu já estou farta de timor.............mau feitio, o meu.................

jocas maradas

Anónimo disse...

Fala o roto do esfarrapado... até parece que os madeirenses em geral, e os porto-santenses em particular querem fazer mais alguma coisa do que ‘ter um tachinho na função pública’*!

É concebível que na terra natal do nosso amigo Magno, um director do hotel tenha que ir às 9.30 da manhã acordar os empregados ressacados para estes cumprirem o seu serviço?


*tradução para oriental: ‘sentar o rabo debaixo das árvores’.

Woman Once a Bird disse...

Ena, ena, Sancho. Há um tempito largo que não estavamos de acordo. Primeiro o Sócrates, agora este post... ;)

Magno Velloza disse...

Caro Sancho:
Têm o gene da preguiça, têm o gene do analfabetismo, têm o gene do arroz apenas para o dia de hoje, têm o gene do tribalismo. Têm isso tudo e vivem bem assim. Os portugueses, e meia dúzia de pessoas com instrução em Timor, é que quiseram impingir uma organização social e política (um país) para a qual Timor não estava preparado nem estará nos próximos anos. Depois, há os abutres à espreita: indonésios e australianos e, em certa medida, os portugueses também.

Magno Velloza disse...

Esse "anónimo" deve achar que não conheço os defeitos dos meus conterrâneos e que isso me aflige e não me deixa dormir.
Quanto ao "tachinho", quero que fique a saber que apesar de tudo ainda há gente muito boa nas coisas que faz, entre as quais, evidentemente, me incluo.

Sancho Gomes disse...

Su, também eu ando farto de Timor (já andei mais, com aquelas procissões patéticas ao som dos Trovante). Mas lá que o olho gordo existe...;

WOAB:
acontec, algumas vezes...;)

Magno:
anónimo não é gente. Não vale, portanto, a pena a réplica.
Quanto ao facto da sociedade não estar preparada, concordo contigo. Mas a culpa é nossa (tuga) e dos indonésios. O povo não é ignorante apenas porque quer...