Mais de 8.000 pessoas foram até à Quinta Magnólia ouvir jazz e blues, por ocasião da VII Edição do Funchal Jazz Festival.
Como Joana Machado e o extraordinário Paquito D'Rivera a abrirem os concertos, a festa começou em excelente nível, na quinta-feira.
O concerto do cubano, aliás, foi dos melhores que vi nos últimos anos e seguirá directamente para a galeria dos melhores momentos de sempre do maior festival de jazz do país.
Sexta-feira, Ivan Lins com o seu o "jazz-bossa" (não sei se esta categoria existe, de qualquer forma, é assim que eu definiria a música do brasileiro) atraíu milhares de pessoas à Quinta Magnólia (cerca de 3.500, para ser mais preciso). O concerto, que contou com a participação especial de Paulo de Carvalho teve bons momentos e prendeu o público. Mas a noite seria definitivamente de Loonie Brooks e da sua Blues Band - com o excelente W. Brooks a ajudar à festa.
Foram mais de duas horas de energia pura, com Brooks a demonstrar porque razão é, de facto, um dos mais conceituados intérpretes da música negra norte-americana.
"Deus existe e é negro", disse-me alguém que conheço. "Só falta o smoky bar de Nova Iorque"(gostei da pronúncia), concluiu.
Sábado o jazz voltou. Primeiro, com a excelente voz de Laika Fatien (uma verdadeira supresa para aqueles que, como eu, não a conheciam de parte nenhuma). Depois, com um dos mais afamados senhores do jazz comtemporâneo, Mr. McCoy Tyner e o seu septeto, que fizeram uma autêntica viagem pela história da I.Records. memorável, de facto!
De salientar ainda a presença em massa de jornalistas de cá e de além mar. Foram pedidas mais de 60 acreditações, de todos os orgãos de comunicação social da Madeira, mas sobretudo de profissionais de alguns dos mais prestigiados jornais e revistas nacionais. Vieram ainda jornalistas alemães, franceses e ingleses. O que prova que, de facto, o Funchal Jazz Festival é, com toda a certeza, o maior acontecimento cultural anual na Região. Mas infelizmente, só Conceição Estudante, secretária das Assuntos Sociais, marcou presença.
Eu já estou com saudades. E à espera da VIII Edição.