22.9.06

O grosso dos agentes educativos

Já deu para ver que mesmo antes de se propor uma qualquer medida em Educação os professores, por defeito, já estão contra. Como há muito os docentes estão “sequestrados” pelos sindicatos, não é possível, pelos menos na próxima década, andar-se um passo que seja para a frente.

No debate promovido esta semana pela RTP deu para ver isso mesmo. À excepção da ministra, que, com todos os seus defeitos, sabe ao menos como deverá funcionar um sistema educativo orientado para resultados (e não para vacuidades como formar bons cidadãos), a literacia dos restantes intervenientes foi de morrer.

O que aquele conjunto de pessoas diz, e que ainda por cima acredita mesmo no que diz, não nos levará a lugar nenhum. O seu entendimento do assunto educativo não ultrapassa a sociologia vulgar assente em pensamentos como “a escola é o reflexo da sociedade em que vivemos”. E daí não saem. E até fazem estudos, com amostras faraónicas, para chegar à conclusão de que os pais (60%) têm confiança nos professores portugueses. Está bem, e o que é que isso interessa?

Sem ser da boca da ministra, praticamente não se ouviu falar de testes, exames, mérito, ensino científico, exigência, competência. Tudo isto, para nosso grande mal, soa a estranho ao grosso dos agentes educativos.

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