"Reúne sete ou oito sábios e tornar-se-ão outros tantos tolos, pois incapazes de chegar a acordo entre eles, discutem as coisas em vez de as fazerem" - António da Venafro
20.9.06
Uma escolha
O problema de avançar com nomes nos jornais não é apenas uma questão de acerto ou não acerto, como alguns parecem acreditar. Muitas vezes, os nomes avançados servem ou para lançá-los numa corrida ou, pelo contrário, para queimá-los nessa mesma corrida. Os jornalistas são assim usados em nome de interesses dúbios, tornando-se, consequentemente, cúmplices das maroscas e da má-fé de alguns invejosos. Também haverá casos, em que os exercícios de adivinhação não passam de mau jornalismo sem qualquer base sólida com o intuito de fabricar uma grande notícia. Em ambos os casos, o resultado pode ser desastroso. Por um lado, pode promover-se quem não merece o que leva, por um outro lado e como resultado imediato, à não promoção de alguém muito mais competente. Isto acontece de cada vez que algum lugar importante fica vago, por exemplo, no Estado. Desta vez, e apesar do DN ter feito uma não-notícia, optou-se, e bem, por fechar rapidamente o processo para não dar azo a muitos exercícios especulativos. Mas é sempre bom estar atento a algumas manobras menos claras.