15.7.07

Suicídio colectivo


A larga maioria dos madeirenses confunde a Madeira com o mundo e o mundo com a Madeira.

Vivem demasiado a ilha. Há vários exemplos: Há excesso de política e de socidade.
Aqui a política é o PSD. O resto do espectro partidário é considerado fraco. Se revela que existe e tem iniciativa é imediatamente ignorado.

Muda o cenário, mantém-se a pressão social. Toda a gente conhece toda a gente, e toda a gente tem uma opinião sobre cada um dos 245 mil habitantes da ilha (censos de 2001). Quando já não existe assunto, inventam, e quando não inventam, o diálogo dá lugar à bilhardice. É esta a sina desta terra.

Até o Governo foi obrigado na discussão do programa da Região para 2007-2011, a dizer BASTA! É um dos novos 7 mandamentos do PSD para os próximos anos.
Não sei de quem é a culpa desta espécie de “peste social”. O que sei, é que já aniquilou a iniciativa da sociedade civil e adormeceu o associativismo.
Para o bem e para o mal restam os partidos, com as respectivas virtudes e defeitos. Acredito que neste momento, e por causa deste excesso de sociedade, há homens e mulheres a morrer de pé nesta terra. Se noutros locais do mundo é uma virtude resistir, aqui tenho a impressão que é uma fatalidade

Até as noivas fazem figuras ridículas. Despendem-se da vida de solteiras com adereços pirosos. O mais grave é que os usam convencidas de que o casamento é eterno. Devem ter como exemplo o matrimónio dos pais. Por mais volta que dê, não encontro outra explicação. Dizem as estatísticas, revelam a maioria dos actuais casamentos. Acabam em menos de um ano (11 meses).

Os que viajam regressam com ideias frescas, mas são engolidos pela sociedade madeirense. (Peter Berger e Thomas Luckamannn, in “Construção Social da Realidade”.

2 comentários:

Anónimo disse...

uma pergunta: As noivas fazem figuras ridículas, certo? e os noivos?

É misógino?

Anónimo disse...

As vezes ate tens argumentos interessantes, mas depois misturas todos os assuntos num so post. Ora a loucura torna-se evidente.