22.11.05

Excertos e intervenções IV

"[...] Mas perceba-se as diferenças: por muito menos, a comunicação social adocicada e domesticada, fez do santanismo (um nome forçado), razão de ser da sua quimera, desgosto colectivo e seu inimigo declarado. Foi contra o que se fazia, contra o que não se fazia. Hoje as trapalhadas abundam, mas os silêncios são comprometedores e demonstrativos do conluio e da conivência entre ambos os poderes. Afinal, é chique ser-se de esquerda, estar-se com a esquerda, ser-se um intelectual, ler uns livros do Chomsky e acreditar na Bíblia, no “Império” do Negri; é chique ir às manifestações, atirar uns molotovs, fazer jardinagem guerrilheira enquanto o Dr. Louçã nos ensina a resistir à polícia e a sermos subversivos; é bonito ser-se assim, pensar-se assim; ainda para mais quando é o próprio aparelho ideológico do Estado a instigar e a fazer proliferar essa ideologia monstruosa que atende pelo nome de politicamente correcto, uma espécie de novo marxismo encapotado ao serviço da demagogia de pior índole e de gente que se julga moralmente superior aos outros."