22.11.05

Excertos e intervenções VI

"A própria autoridade do Estado é questionável. E todos os dias diminui porque é colocada em causa aparentemente sem qualquer problema. Neste país já ninguém estranha que um órgão de soberania, e digo bem: um órgão de soberania, ande a brincar às greves enquanto, num outro prisma, o presidente do sindicato dos profissionais de polícia ameace bloquear Lisboa e com igual desplante, e em plena televisão, se vanglorie de já ter ajudado a despachar um primeiro-ministro para Bruxelas e que outro pode seguir a direcção do Quénia. Estamos em plena morte da autoridade: ninguém obedece a ninguém, ninguém cede, o regabofe está instituído [...]. Reina a impunidade geral, a chacota e a certeza corrente que a justiça nunca chegará."