Ponto 1: É salutar que haja polémica. E é salutar que se possa debater pontos de vista diferentes sobre um mesmo assunto, ainda para mais, e aparentemente, baseados numa mesma notícia.
Ponto 4: Este tipo de argumentação traz ainda outro problema: impede-nos de ver as coisas com clareza porque cegados com os números, assumimos que tudo está bem. Reparem que não fazemos a mínima ideia dos números reais (aqueles que estão para além da estatística) da violência escolar, uma vez que não sabemos quantas denúncias ficaram por fazer, quantas escolas abafaram os casos para não terem chatices, quantos alunos, professores e funcionários sofreram em silêncio e, por fim, quantos psicologicamente ficaram afectados, o que pode não ter forçosamente a ver com a violência física ou com os casos denunciados.
Ponto 5: “Quanto às melhorias verificadas, a ministra sublinha o contributo dado pela generalização das aulas de substituição para o "abaixamento do clima de descontrolo nas escolas".” Não são palavras minhas: o “abaixamento do clima de descontrolo nas escolas” são palavras da própria ministra. Assumirmos que há um clima de descontrolo nas escolas é igual a assumirmos que há um problema que é preciso resolver. O que já é qualquer coisa.
Ponto último: Folgo saber que de um post para outro, se passou de um problema que não existe para um problema quase inexistente. Também já é qualquer coisa.