11.6.07

Recuo

Mário Lino é, neste momento, o mais fragilizado dos ministros deste (des)governo socialista. E hoje, na Asembleia da República, foi obrigado a recuar, anunciando o adiamento, por seis meses, do concurso público para o novo aeroporto.

Após ter gritado que não havia tempo, nem necessidade, para mais estudos, após ter esbracejado e insultado, "meteu o rabinho entre as pernas" e lá cedeu, levando o Governo por arrasto.

Creio, no entanto, que se tratou de um recuo estratégico. Os "superiores interesses" da máquina socialista e daqueles que a alimentam obrigarão Sócrates a "optar" pela OTA. Para já, surgiu no terreno o aliado esperado, a Quercus. "A opção do Alcochete "é practicamente inviável"

(vá lá saber-se o que significa practicamente inviável! Ou é viável, ou não é, meus caros...)

Aliás, quando Almeida Santos veio a público, recentemente, utilizar o mais estapafúrdio dos argumentos para defender Lino e o Governo, defendendo também a construção do aeroporto na margem norte, mostrou claramente qual seria o caminho a seguir: para a OTA rapidamente e em força, porque é isso que a máquina quer.

De qualquer maneira há, por enquanto, uma pequena vitória de Marques Mendes e do PSD. Os "social-democratas" marcaram a agenda, contaram com o apoio de Cavaco e obrigaram o Governo a recuar. O tempo poderá, contudo, transforma-lá numa "vitória de Pirro"...