Tinha-o na estante há algum tempo. Foi oferecido à minha namorada e ainda não o tinha sequer folheado, como costumo fazer com qualquer livro que nos entre porta adentro. Apesar do título ser sugestivo. Mas não conhecia o autor e o sucesso de vendas não abonava em seu favor. Por isso, foi ficando. Haviam outras prioridades. Até que certo dia, ao passar os olhos pela estante, procurando um novo companheiro de viagem, fui atraído pela sua lombada. Retirei-o. Meio contrafeito, pensei que já ia sendo tempo de me dedicar a ele. Nem que fosse para depois o voltar a enterrar no lugar que ocupava, próximo de Voltaire e de Júlio Verne (que, aliás, achava um crime, mas na ala de ficção da minha biblioteca não tenho outro autor cujo apelido se inicie por Z).
O primeiro parágrafo aprisionou-me. Sabia que dali já não voltaria a querer sair.
"A Sombra do Vento" é uma daquelas histórias fantásticas, contada por uma voz igualmente fantástica. Não existem muitos livros assim: boas histórias, bem contadas. Carlos Ruiz Zafón consegue esta simbiose perfeita que faz com que todos os minutos passados na sua companhia sejam de puro deleite.
E, como Daniel Sampere - protagonista da história que procura, incessantemente, descobrir Julián Carax, autor da Sombra do Vento -, também eu tentarei descobrir outras histórias do autor. Porque a descoberta deste primeiro livro assim mo impõe.
4 comentários:
O livro é interessante mas o execesso de histórias dentro da mesma história acaba por ser cansativo!
ZINK, Rui... nem que seja para teres o Z :))
Só se fosse unicamente para ter o Z. Mas para já, não vale o investimento!
sim, o "Apocalipse Nau" decepcionou-me...
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