"Reúne sete ou oito sábios e tornar-se-ão outros tantos tolos, pois incapazes de chegar a acordo entre eles, discutem as coisas em vez de as fazerem" - António da Venafro
28.12.10
É, matem o mensageiro. E depois queixem-se do abandono do eleitorado...
Então, em vez de enfrentar os verdadeiros problemas denunciados pelo geógrafo, andam a querer matar o mensageiro (que, de resto, nisto de ordenamento do território e questões ambientais percebe mais a dormir do que todos os senhores secretários regionais e seu séquito de “especialistas”).
Sugestão ao governo regional para o ano novo: em vez de perderem tempo com tontices que apenas prejudicam a Madeira (sim, porque muitas das sugestões de Raimundo Quintal enriqueceriam, e de que maneira, a Região), oiçam o que ele tem para dizer. Pode ser que aprendam alguma coisa!
Erro histórico de Jardim
PS - Com isto, o PSD-Madeira não vai ser limpo dos cancros que por lá abundam (essa limpeza apenas será feita num processo eleitoral pós-Jardim, quando os lacraus tiverem de assumir uma posição em vez do típico beija-mão submisso, parasita e viperino), ao contrário do que afirma Jardim. Com isto, os cancros continuarão a disseminar as suas metástases, em tudo o que é carne sã.. .
Sobre uns e outros
PS – não, esta não é uma provocação ao Carlos Pereira devido à agressão de que foi alvo. Em primeiro lugar porque o ataque foi cobarde (ao menos o energúmeno que o perpetrou dissesse porque razão agredia o deputado. A cobardia nauseia-me e muito provavelmente foi cobarde o autor como um eventual mandante…), mas essencialmente porque, independentemente da discordância que mantenho da maior parte das posições que assume, tenho o Carlos Pereira por um tipo corajoso, competente e sério.
PS – Num manual de agressão a socialistas, deveria constar a obrigatoriedade de enumerar 5 razões para o acto. Sem repetições de argumentos, daria para surrar centenas…
16.12.10
O estado da nação
11.12.10
Cavaco tem razão
10.12.10
Socialistas muito neoliberais
Contudo, acrescentaria que também seria "racional" o Estado criar legislação que permitisse a tributação destes dividendos ainda em 2010. É uma mudança das regras do jogo? E daí? Que eu saiba, as regras ainda são criadas e as Democracias também têm legitimidade para repor a moral onde esta parece querer escapar.
PS - Daqui a nada estou a vê-los a defender a estapafúrdia ideia de Passos Coelho dos despedimentos por causa atendível…
CORRUPTOS? NÃM…
PS – Já para não falar daquele deputado socialista que é apanhado a fanar uns gravadores e ainda diz-se vítima (e o partidinho a protegê-lo).
UAU, UAU…!*
Reconheço que apesar desta melhoria apenas representar a entrada na média de resultados dos países da OCDE, ainda assim é uma melhoria, o que é de salutar. E também não vou cometer a injustiça de deixar de atribuir algum deste sucesso à equipa de Maria de Lurdes Rodrigues. Só não percebo como é que alguns relacionam os jogos matemáticos com estes resultados. Que eu saiba, os frutos da competição derivam dos méritos individuais e não de políticas educativas. Ou estou errado?
*Menos histeria, se faz favor.
3.12.10
"Cartita" à TMN
28.11.10
Quem é que diz que "Disco" é retro?
19.11.10
The Walkmen - Lisbon
Uma canção dificilmente traduz uma cidade. Uma cidade não é uma cidade, é um corpo vivo, maior do que o somatório do conjunto de cidades de quem nela habita. Para simplificar, é um ser maior do que o somatório dos percursos e das vivências diárias de cada um dos seus cidadãos, de cada um dos c...orpos que percorre as suas ruas, becos e avenidas, que ama e detesta e ri e chora e canta e nasce e morre em cada um dos seus prédios. É um ser que se transforma diariamente na medida em que é transformado todos os dias. Um ser que condiciona e é condicionado, que devora e é devorado, que nasce e morre em todas as horas. Uma canção dificilmente traduz uma cidade. Mas não custa tentar. Os The Walkmen tentaram e dedicaram uma canção, e um disco, à mãe de todas as cidades portuguesas: Lisboa. Vale a pena ouvir.
28.10.10
A tragédia de Portugal
Presidenciais, mas pouco...
PS - E foi um mau presidente, a exemplo dos seus antecessores.
26.10.10
Nota-se
22.10.10
Uma idiotia
Sair de fininho
20.10.10
Não há que enganar
O problema estrutural
A geração do pós-25 de Abril, ainda não interiorizou que vai viver pior do que a geração que a antecedeu. Será assim urgente que o país, para além do equilíbrio orçamental e do restabelecimento da credibilidade no exterior, se transforme radicalmente e se adapte a um mundo complexo onde as regras rígidas do século XXI são letra morta em muitas partes do mundo.
O país precisa nestas condições, e para além destas medidas draconianas impostas por um governo autista e que mentiu deliberadamente aos portugueses durante demasiado tempo (o que se devia configurar como um caso de polícia, uma vez que agravou consideravelmente o preço da factura), de políticos corajosos e destemidos. De políticos que coloquem o país nos eixos ao mesmo tempo que as contas públicas se equilibram. Nunca como hoje foi urgente mexer na lei fundamental do país (que não deve ser em circunstância nenhuma um documento ideológico igual a um programa de governo, hermeticamente fechado e inacessível à maioria dos cidadãos) e repensar o que queremos para a educação, saúde e justiça nacionais.
O país só será viável se tiver uma educação que eduque e prepare (sem estas maleitas progressistas e idiotas que apenas criam analfabetos e uma nova estirpe de coitadinhos e incapazes), uma saúde justa (onde quem pode, paga) e uma justiça que funcione dentro de prazos mínimos razoáveis e que seja de confiança (independentemente de se meter na ordem juízes, advogados e restantes agentes judiciais). É apenas um começo depois de tanto tempo passado a assobiar para o lado e a fazer de conta que se mexia em alguma coisa.
Ao cuidado do SIS
18.10.10
As eleições no Brasil
Numa parte final que se quer digna de um filme de suspense, as tricas eleitorais pendem agora para a questão do aborto e as convicções religiosas dos candidatos, aspectos em que ou a D. Dilma mergulha num oceano de incongruências ou não tem lá grande opinião. Ou seja: quando a D. Dilma precisa de pensar pela própria cabeça, independentemente do que pense, mete os pés pelas mãos ou a cabeça na areia, factos que também beneficiam aparentemente o Sr. Serra. Pelo meio as denúncias de corrupção que de um e outro lado, deviam envergonhar e não ser motivo de arremesso.
Nesta confusão generalizada não se julgue que no Brasil estes assuntos são menores. Pelo contrário. Mas a lição importante a tirar desta história tem a ver com outra coisa. O jornalismo que antes nos vendia uma eleição sem história anda agora preso por arames. A D. Dilma até pode ganhar e até pode vir a ser presidente. Mas na política democrática não há vencedores antecipados. Nem dinastias sucessórias. O jornalismo militante pode fazer campanha disfarçada, mas no final o povo soberano é quem decide. Mesmo que a comunicação social pense o contrário e se julgue, curiosamente, no direito de puxar por quem mais, nos últimos anos, lhe tentou coarctar a liberdade de expressão. O que, convenhamos, não deixa de ser uma suave ironia. Ou, se preferirem, um agradável mistério.
Haja decoro
Estranha-se que haja interesse em ouvir a opinião de um senhor que um belo dia metido no pântano nos abandonou de fininho para parte incerta. Depois dele, da fuga igual do Dr. Barroso e do golpe de estado promovido pelo Dr. Sampaio, o país foi entregue a este conjunto degradante de políticos que fez do engodo, da publicidade enganosa e do delírio contagiante um estilo de governação cuja principal consequência está à vista de todos.
Como bem sabemos, falar de fora é fácil. Apelar à confiança quando se está longe e não nos chega ao bolso, é igualmente facílimo. Mas estar cá dentro, enterrado e amarrado no manicómio, é algo completamente diferente, e roça o mais puro absurdo. No caos que aí vem, seria de bom-tom que esta gente, que se destacou por fugir das responsabilidades, se limitasse ao silêncio anónimo do mais comum dos mortais. É que estas falinhas mansas para enganar simplórios são grotescas e patéticas, ainda para mais quando as mesmas até parecem uma paga de favores. Haja decoro.
Venha o FMI
Quo Vadis, PS?
Ideias políticas, estratégia de governação: nada! Mas uma poderosa máquina de comunicação...
15.10.10
SCUT
13.10.10
Beatriz
Me ensina a não andar com os pés no chão
Para sempre é sempre por um triz
Ai, diz quantos desastres tem na minha mão
Diz se é perigoso a gente ser feliz
O nosso companheiro Sancho está de parabéns. Nasceu a Beatriz. É verdade, há dias assim, felizes. Simplesmente felizes.
Um abraço.
12.10.10
Bandalheira socialista
Perante este (mais uma vez!) tipo de decisões, o que não entendo é como é que pode haver quem persista em defender Sócrates. Já não bastava os cortes no abono, já não bastava a suspensão do cheque bebé (uma medida demagógica e meramente eleitoralista), agora até os tratamentos de fertilidade estão suspensos. É esta a política de família preconizada pela escumalha asquerosa que governa o país.
Apaude, paulo, aplaude...
8.10.10
"Valores Repúblicanos"
Ficam, assim, como sempre, os "valores" da República francesa. Mas de qual? Não com certeza da República de Robespierre, que produziu a guilhotina e o terror e levou em pouco tempo à ditadura militar e à conquista da Europa. E com certeza que também não à II República, que Tocqueville descreve, e acabou no império, aliás grotesco, de Napoleão III e na guerra franco-prussiana, que reduziu a França a uma potência de 2ª classe. A primeira parte da III República (a "República dos Duques) não serve, obviamente, de exemplo. Ou a II República espanhola, que raramente viveu na legalidade, provocou uma guerra civil e trouxe a ditadura de Franco. Fica assim a República francesa (a III), do fim do século XIX, inteiramente corrupta, mas que, pelo menos, conseguiu separar a Igreja do estado e, com alguma brutalidade, instalar o laicismo.
O Presidente da República e outros políticos que terça-feira festejaram o "5 de Outubro" e os deputados que anteontem lhe prestaram "homenagem" no Parlamento mostraram bem a inanidade das comemorações. O Presidente da República inventou por sua conta os "valores republicanos" que na altura lhe serviam e que não existiram em Portugal, como, de resto, em sítio algum do Oriente ou do Ocidente: o espírito de compromisso, a cultura da responsabilidade, o horror à demagogia e, muito estranhamente, o primado da coesão nacional. E, no Parlamento, os deputados resolveram usar a I República portuguesa como um conto cautelar para o uso da II, que se está manifestamente a se dissolver. Não seria melhor calar daqui em diante a boca e, já agora, eliminar o feriado do "5 de Outubro"?
Vasco Pulido Valente no Público
Câncio: questão de opinião
Ao que parece, o que irritou a escriba foi o facto de apenas Paulo Pinto de Albuquerque ter sido considerado estar em condições de ser nomeado.
Entendia, pois, a Nandinha que o jurista não revelava competências para o cargo? Não. A Nandinha acha é que a actividade político-partidária deveria ser sancionada (pela liberdade à moda das Gulag, a senhora). Não pode ser considerado o melhor, porque é do PSD.
A jornalista(!) também não gosta das posições que Paulo Pinto de Albuquerque assume e critica-o por, em questões de costumes, ter um entendimento diferente do seu.
Todos sabemos que a Nandinha é de paixões. Que defende o Diabo se estiver enrolada com ele. Sabemos, também, que na concepção enviezada e solipsista de democracia, Nandinha vê todos os que dela discordam como ineptos, néscios e mentecaptos. Ninguém é capaz, se não partilhar da sua visão do mundo ou se não estiver metido entre os seus lençóis.
Saravá e até pró ano!
Obrigado amigo Bettencourt. Com o teu ar de velho artista de variedades trazes-me sempre à memória o clássico "ó tempo, volta pra trás", particularmente o verso
mata as minhas esperanças vãs.
Obrigado amigo Costinha.Obrigado Sérgio, corajoso forcado amador que mesmo desfeito pelo touro volta sempre à luta.
Obrigado, camarada Patrício.
Saravá capitão do mato Liedson, por lembrares à gente que
o samba é a tristeza que balança
e a tristeza tem sempre uma esperança de um dia não ser mais triste não...,
Gracias Matias e Valdes pelas vossas fintas, tão eficazes como um charango desafinado numa Cuenca bem lançada.
Saravá Polga, tu que desmentes o Vinicius quando ele diz que a vida,
não se engane não, tem uma só
Duas mesmo que é bom
Ninguém vai me dizer que tem
Sem provar muito bem provado
Com certidão passada em cartório do céu
E assinado embaixo: Deus
E com firma reconhecida!
tu que já tiveste mais vidas dentro do meu clube do que
essa gente que anda por aí
Brincando
Obrigado a todos. Do fundo do meu coração que graças a vós baterá alegremente até ao fim da época desportiva, sem sobressaltos.
Saravá e até pró ano!
PS: Escrito com a ajuda óbvia do grande Vinicius e do seu Samba da Benção.
Também publicado em Crónicas da Bola.
A Estrada
A Estrada, de Cormac McCarthy é um dos mais brutais e angustiantes livros que li ultimamente.
7.10.10
Até que enfim!
5.10.10
FDP
Perdoem-me os puritamos, mas... Puta-que-o-pariu!
Que mundo queremos?
Mas acho que temos de pensar seriamente sobre a subversão dos tempos modernos, que transferiu o poder para o capital. Em que a política se submeteu à economia.
Por mim, que não sou republicano, estou disposto a lutar por outra via.
Palavras que deveriam ser bombas
A palavra deveria estar armadilhada, pronta a explodir sempre que dentes a rasgasse.
30.9.10
E cortar nos governos civis, direcções regionais e centrais desnecessárias, CCDR, etc.... Isso não!
24.9.10
Caso Carlos Queiroz: consequências? Dah!...
Diz o secretário de Estado que o acórdão não nega os factos. Não nega, não senhor, apenas afirma que “o arguido agiu, única e exclusivamente, na defesa dos interesses da Selecção Nacional, e no quadro da sua responsabilidade por ela”.
Agora, o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) levantou o castigo aplicado pelo AdOP, em mais uma derrota do grupelho de energúmenos que conspirou contra Queiroz.
Não espero qualquer consequência. Não espero que o Conselho de Disciplina se demita (como deveria acontecer), não espero que a administração da FPF se demita, não espero que a direcção do AdOP se demita, não espero que Laurentino Dias se demita. E por uma razão muito simples: é que ninguém, desta gentalha, tem qualquer escrúpulo.
Mas este processo é elucidativo do tipo de gente que constitui as elites dirigentes deste país: ele é na política, ele no movimento associativo, ele é no futebol, ele é na justiça, ele é até em entidades que deveriam ter como directiva a ética. Interesses obscuros dominam toda a vida portuguesa.
Estamos entregues à bicharada…
PS – abominei a forma como Portugal jogo enquanto Queiroz lá esteve. Mas o que lhe fizeram é de uma perfídia monumental
23.9.10
Um exemplo
22.9.10
Uma coincidência
20.9.10
18.9.10
Se não é roubo, parece...
Com tanta benesse (que é como quem diz: 10.000€ no papo), eu cá gostava de ser filho de socialista naquela terra...
17.9.10
Já não há paciência
Enquanto não se demite nem é demitido, o Dr. Madaíl mantém no ar um espectáculo de variedades digno de um país terceiro-mundista. Depois do processo surreal a Queirós, veio agora com a ideia peregrina de contratar Mourinho por dois jogos. O Real Madrid, que não dorme, parece que já disse que não até porque o futebol profissional não deve funcionar em regime de part-time e porque andam por aí milhões investidos à espera de resultados que não se coadunam com a leviandade parola com que o Dr. Madaíl brinca com o futebol.
Nesta original qualificação a prestações perdemos todos, ao mesmo tempo que enterramos o que ainda nos sobrava em dignidade, ainda que não restasse muita. Que o Dr. Madaíl não consiga resolver um problema simples – arranjar alguém que se predisponha a cuidar do manicómio por um óptimo salário – é uma coisa; mas arrastar-nos infinitamente neste ridículo é outra, e bem diferente. E para isso já não há paciência.
16.9.10
Reféns das minorias?
Em França, Sarkozy está a ser atacado pela deportação de imigrantes ilegais (que violam a legislação do país, uma vez que a livre circulação aplica-se desde que, passados 3 meses, os estrangeiros comunitários se encontrem a trabalhar). Uma vez mais, a vontade da maioria (que elegeu o governo francês) a ser sequestrada, em nome da defesa dos “direitos” de uma minoria, que insiste em manter-se à parte da lei.
Recentemente, assisti a uma entrevista (no canal Q) de Fernanda Câncio a um antropólogo (não lhe fixei o nome) que defendia regimes de excepção para as minorias étnicas em Portugal. De acordo com o cientista, o Estado Português não pode impor a lei a estas minorias, que têm uma cultura, hábitos e costumes diferentes da maioria.
Ou seja, defendia que no país em que a pedofilia é crime, se continue a permitir o casamento de meninas ciganas aos 12 anos. Que num país que defende a liberdade individual, se permita a realização de casamentos arranjados. Que num país que tem uma escolaridade obrigatória, se consinta que as crianças ciganas continuem a não estudar. Que num país onde os vendedores de mercado têm de passar recibos, se autorize a venda de produtos contrafeitos sem fiscalização e/ou exigência de pagamento de impostos. Num país em que qualquer cidadão tem de pagar a sua renda, se aceite que minorias, como a comunidade cigana, viva em bairros sociais sem pagar rendas, água, e/ou electricidade. Que num país em que a propriedade privada é um direito, se consinta a invasão da propriedade alheia.
Nessa entrevista, Câncio parecia mesmo uma perigosa fascista, ante o radicalismo permissivo do tal antropólogo.
Ora, a verdade é que a comunidade cigana, em Portugal, fez muito pouco para se integrar e persiste em manter-se distanciada daqueles que são os deveres dos cidadãos e do respeito à lei, mas sofregamente integrada no benefício dos direitos.
Calcula-se que existam em Portugal entre 30 e 50 mil ciganos: em 2008, 35 mil eram beneficiários de RSI.
E o regime de excepção que reivindica para si, não se limita à sua própria cultura, ou o acesso a benefícios sem deveres. É uma comunidade que frequentemente usa da intimidação para obter ainda mais regalias: acontece nos hospitais, nas escolas, na Segurança Social, acontece em todo o lado. É uma comunidade que goza com a consciência da maioria e com conceitos como Direitos Humanos (exige o cumprimento desses Direitos na relação com a maioria, mas recusa aplicá-los no seu seio ou inseri-los nas suas práticas – não apenas nos seus “costumes”, mas também na relação com outras minorias étnicas). Não cumprem as regras e abusam da compaixão dos “patos”.
Ainda por cima, quando são derramados milhões em projectos de integração (consulte-se o site www.ciga-nos.pt).
Ora, não sei quanto aos demais, mas a verdade é que começo a estar farto de ser refém destas minorias. Sei bem que generalizo e reconheço os seus perigos. Como tenho consciência que descrevo mais a relação da maioria com uma minoria étnica (cigana), não sendo os argumentos apresentados imediatamente aplicados às restantes minorias (étnicas, religiosa, cultural, etc.). Mas a revolta que me assalta, quando confrontado com casos concretos, é sempre maior do que eu!
15.9.10
Qual é a diferença?
Entretanto, soube-se que em Portugal, o problema dos ciganos se resolve criando turmas exclusivas como aparentemente acontece em Barqueiros, concelho de Barcelos, uma situação prontamente denunciada por um relatório do Observatório dos Direitos Humanos, mas confortavelmente ignorada pela esquerda que governa o país. Pelo meio estará algum tipo de virtude que eu, por agora, desconheço, mas uma coisa é ridiculamente contumaz e certa: uns fazem à descarada, aquilo que outros fazem às escondidas. Mas todos querem, no fundo, chegar ao mesmo resultado, que é resolver um problema incómodo com o menor dos esforços.
Enquanto as coisas assim forem, dou por mim sem saber o que será de natureza pior: se expulsar os ciganos para longe do gueto, como se faz em França; se os manter, para conforto dos nossos tristes corações, bem dentro das amarras desse mesmo gueto, como se faz neste extraordinário Portugal.
14.9.10
2.9.10
Boa estratégia
1.9.10
Mais um!?
Ainda ninguém percebeu que o Porto Santo não tem condições para investimentos daquele género? Ainda ninguém percebeu que a única estratégia possível para salvar o destino Porto Santo é assumir a sazonalidade e apresenta-lo como destino seguro para famílias e férias em família, com unidades hoteleiras e infraestruturas que proporcionem actividade para miúdos e graúdos? Um bom exemplo é a utilização que o Diário faz do Complexo de Ténis durante o mês de Agosto...
Ainda ninguém percebeu que os madeirenses são, e serão sempre - a não ser que seja proibido - os maiores e mais importantes clientes do destino Porto Santo e que os madeirenses não têm poder de compra para faustosas unidades de 5 estrelas (ou seis, ou sete, ou 31, que é o número de golos do Ronaldo em cada época)?
Ainda ninguém percebeu que esta indefinição está a dar cabo de um destino emergente, que tem razoáveis condições?
Ainda ninguém percebeu que estas ilhas têm tanto mais graça quando se mostram como são, quando apostam na proximidade entre os visitantes e os residentes, na efectiva partilha de espaços e de hábitos entre os primeiros e os segundos, quando se mostram pequenas e familiares como contraponto às cidades impessoais de onde chega quem nos visita? Ainda ninguém percebeu que as ilhas têm de se mostrar devagar, têm de ser espaços reservados e preservados mas abertos à descoberta, espaços tranquilos, pachorrentos, que transmitam a calma que falta nos sítios grandes? Ainda ninguém percebeu que aqueles que chegam não vêem para ver "mamarrachos" de aço e de vidro? Pois, esqueci-me, "o burro sou eu", não preciso que me recordem.
31.8.10
Magister consuus est!
E já agora, quem manda primeiro, manda mais, por isso: passa tu ainda melhor...
Pois, pois, Miguel...
Por isso, quanto à plataforma democrática, muito obrigado e passa bem!
A favor da emancipação da UMAR
Como poderiam estas organizações, sempre tão expeditas em condenar qualquer atitude que lhes cheire a discriminação sexual, estar caladas perante uma violação tão grave aos direitos humanos?, pensava eu. Bem sei que a Venezuela, a Bolívia e o Irão são os mais recentes aliados da esquerda portuguesa (que se juntam a Cuba e à Coreia do Norte). Mas esta não me parecia razão suficiente para este silêncio, pelo que andei a deambular por sites ver se descobria algum protesto, alguma veemente condenação.
Não encontrei! Sobre isto, o movimento feminista português foi a banhos e nada tem a dizer!
Descobri, não obstante, algumas coisas “interessantes” que não deixam de impressionar. Pelo menos a mim, que sou impressionável.
Descobri que a UMAR representa mais os interesses da comunidade gay do que as mulheres (heterossexuais). Pelo menos a julgar pela página de apresentação do seu site, onde em cinco destaques, dois são sobre causa gays, dois sobre o umbigo da associação e um sobre literatura. Defesa dos direitos das mulheres? Nicles batatóide!
Também no site, descobri várias páginas, estudos, etc., sobre o “direito” do aborto. Sobre fertilidade ou apoio a jovens mães, que o queiram ser, népia, como se a procriação e a maternidade não fossem direitos da mulher.
A UMAR quer novas instalações. Ao que parece, o espaço onde está alojada não reúne condições para a actividade que desenvolve.
Vi que tinham uma petição e, julgava eu, que servia para recolher donativos para requalificação do espaço. Não, ledo engano.
Esta associação, que ocupa há anos um espaço municipal de Lisboa e que deixou se deteriorar, quer que, agora, a Câmara Municipal de Lisboa pague a construção de um espaço para si. Li, impávido, na petição: “Deste modo, as pessoas abaixo-assinadas, conhecendo e reconhecendo o valor da intervenção da UMAR apelam a que seja encontrada uma situação condigna através da criação de um Centro de Cultura e Intervenção Feminista na Cidade de Lisboa que envolvesse diversas vertentes: espaço para o centro de documentação, livraria, exposições, realização de debates, concertos, teatro, performances, instalações, formação, atendimento/reencaminhamento a vários níveis.”
Ora, sendo esta uma associação sem fins lucrativos com um âmbito de intervenção próprio, definido e limitado, como é que pretendem que seja o erário público a financiar a sua actividade que é privada? Como podem exigir que aqueles a quem costumam acusar de fascistas e reaccionários, que discordam das suas posições sobre o aborto, sobre as causas gays, financiem a associação? Têm uma agenda própria (legítima, de resto) que querem manter? Pois bem, financiem-na!
Se querem novas instalações, procedam como as restantes milhares de associações do país: façam uma gestão equilibrada e cuidada da tesouraria, façam recolhas de donativos, promovam actividades lucrativas. Mas façam a V/ expensas, porque não estou para pagar a uma actividade com a qual discordo.
Bem sei que andam habituadas a viver de subsídios, mas aqui está uma boa oportunidade para se emanciparem…
"Soir De Fete", Sarkozy?
Não será a banda sonora exacta para um tempo em que o Governo francês expulsa os ciganos, abrindo um precedente perigoso. Mas é oportuna. Que tal enviar a canção a Sarkozy, que pelos vistos a desconhece?
30.8.10
Jacinto Serrão tem que dizer o que pensa do Governo de Sócrates
O arrependido
Encher o saco
29.8.10
Autorização para fogos "acidentais"
No Paúl da Serra lavra um incêndio de grandes dimensões.
Não se sabe bem como começou mas é uma aposta segura que tenha tido mão humana. Não sabemos ainda se intencionalmente, a estatística diz que não, mas na ausência de trovoadas e vulcões activos, a descuidada ou intencional mão humana é quase certa.
Enquanto alguns "justiceiros" se preparam já para imaginar sevícias a aplicar aos pretensos incendiários, incitados por alguns politiqueiros oportunistas, vivemos mais um fim de semana em que um pouco por toda ilha foi possível ouvir petardos e foguetes... Não sei quem será mais criminoso. Os fogueteiros? Os organizadores das festas que os contratam? Os que assinam as autorizações para que se lance o fogo? Ou os que apesar de conhecerem melhor que ninguém os riscos de incêndio, os alertas laranjas e vermelhos, têm medo de perder meia-dúzia de votos se proibirem os morteiros nos arraiais? Quem são os verdadeiros culpados?
Façam-se os arraiais com música e músicos, com bandas, danças e bailaricos, com vinho seco e espetada, com folhas de louro nod postes das bandeirolas, com bolo do caco com manteiga, com tapetes de flores, procissões, missas e festeiros, com o pároco da aldeia ou apenas com o bispo, com comícios ou simples bilhardices, com o orgulho nos melhores bordados pendurados nas varandas, com boa disposição e traje domingueiro, com tudo o que faz falta e tudo a que temos direito... Mas de uma vez por todas haja coragem e acabe-se com aquele pedaço de pólvora na ponta de uma caninha que não se sabe bem onde vai cair, mas antes que atinja as casas é muitas vezes lançado na direcção da mata mais próxima.
Enquanto alguns “justiceiros” olham de soslaio para os vizinhos, para levadeiros, pastores ou apenas para o fundo do copo à procura de “culpados” que possam linchar (alguém tem que pagar pelo fogo que não se conseguiu apagar, não é? Ora se é!), enquanto outros propõem penas mais pesadas para os incendiários mesmo sem saber quais são as actuais (3 a 12 anos), pela n-ésima vez este fim-de-semana ouço petardos e foguetes e vejo as canas fumegantes a cair aqui ao lado, certamente com algum tipo de autorização assinada por alguma entidade (ir)responsável.
28.8.10
Plataforma democrática? Sim senhor, mas também ao nível nacional
A "Plataforma Democrática" constitui um acto de cultura, de liberdade e de respeito do Homem por si próprio. Um acto que, objectivamente, pretende dizer à sociedade, de lés-a-lés, dos pobres aos ricos, do sistema empresarial às instituições, sejam elas quais forem, de natureza social, cultural ou desportiva, que em defesa de todos nós madeirenses e porto-santenses, não podemos continuar com este jogo de cabra-cega que nos está a empurrar para o abismo fatal.
Se é um acto de cultura unirmo-nos contra a prepotência, contra a trafulhice, contra a mentira na política e na governação, contra a vigarice, contra o compadrio, sim senhor, estou disponível para apoiar uma coligação alargada a toda a oposição.
Mas não bastam palavras. São precisos actos que demonstrem a bondade destas ideias. Por isso, deixo aqui um repto aos mentores e apoiantes desta solução:
TENTE O DEPUTADO ELEITO PELO PS/MADEIRA UNIR TODA A OPOSIÇÃO NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA CONTRA O PODER SOCRÁTICO E APOIAREI SEM RESERVAS O MESMO PARA A MADEIRA
E agora, que dizem?
26.8.10
Imbecilidade
Esta é a imbecil justificação do Director do Record para a vergonhosa primeira página da edição de ontem desse jornal, monopolizada por um "candidato a reforço do Benfica". Eu vou seguir o conselho do Sr. e deixar de comprar o pasquim - peço desculpa, mas só posso classificar desta maneira um jornal que, em editorial, escreve aquilo que puderam ler - que dirige. Para quem se ufana de ter 850.000 leitores, um pobre comprador-duas-vezes-à-semana não deve fazer grande diferença!
Tenho pena de me ter inscrito na dita Liga Record, honestamente...
25.8.10
Javardos do desporto luso
Depois da aberração que foi o processo, deveria esta gente estar quieta e deixar a coisa morrer, para não dar mais nas vistas. Mas a filha-da-putice (estou a ofender a mãe de alguém?) é tão grande, que faz com que estes tipos mesquinhos, interesseiros e sem-vergonha se arroguem ao direito de continuar a perseguir Queiroz, apenas porque ele se atreveu a chamar os bois pelos nomes (sim, porque esta gente está-se a marimbar para a qualidade do futebol. Quer é tratar da barriguinha própria e a dos amiguinhos…)
E acho intolerável esta intromissão da política no movimento associativo e desportivo português. Como acho inqualificável que ninguém, neste país da treta, se insurja contra comportamentos como aqueles que Laurentino Dias tem vindo a assumir.
Desempregados?
Plataforma democrática: a quem interessa?
Admito que alguns apologistas desta solução acreditem que a unidade de toda a oposição pode enfraquecer o PSD. Parece-me, contudo, que teria o efeito contrário, pois dificilmente o eleitorado comunista entenderia uma coligação com os conservadores e liberais do CDS, ou estes aprovariam uma aliança com a ortodoxia do PCP, ou estes ainda com os senhores aristocratas do PND.
Acho mesmo que seria desmobilizadora, prejudicando eleitoralmente todas as forças políticas envolvidas.
Por outro lado, esta plataforma seria amorfa, sem qualquer definição ideológica, parecendo-me incapaz de criar um programa político coerente. Que compromissos poderiam ser estabelecidos entre o Bloco e o CDS? E qual seria a matriz ideológica desta aberração mutante? Direita? Esquerda? Centro?
Ora, do ponto de vista ideológico, parece-me que apenas o PS poderia ser beneficiado porque a haver um entendimento, teriam os partidos mais extremistas que fazer uma inversão ao Centro, aproximando os seus programas ao do PS. Isto seria matar a força motriz destes partidos, que se definem e diferenciam pela sua identidade ideológica e projectos políticos alternativos.
Mas se por um lado a proposta do PS é arrojada e até exótica, por outro é compreensível que venha desse partido, porque é o que mais teria a ganhar e o que menos teria a perder. Se o projecto não vingasse, pior não poderia ficar e teria mostrado ao eleitorado de toda a oposição que as diferenças entre os vários partidos são apenas nominais e não substanciais, catalisando o voto útil em posteriores eleições.
Se, por um qualquer capricho do destino, a plataforma conseguisse derrubar o PSD, a aritmética da vitória colocaria militantes socialistas em todos os lugares chave da administração, relegando para segundo plano os dirigentes dos outros partidos, com uma prática governativa socialista, diluindo qualquer esperança de diferenciação ideológica (qual seria a posição desta plataforma sobre o CINM, ou sobre as questões de costumes, ou sobre a governação de Sócrates, ou sobre candidatos presidenciais, ou sobre a Educação, a Saúde, etc.?)
Por isso, faz sentido que seja o PS a fazer a proposta. O que não faria qualquer sentido era que os restantes partidos a aceitassem, porque reduziria a política a um mero jogo de poder. E a ideia é estapafúrdia exactamente por isso: porque não se pode querer igual aquilo que é, por natureza, diferente.
20.8.10
Encerramento de escolas: escrever direito por linhas tortas
Também é mentira que haja algum critério no encerramento das escolas. Há escolas com mais de 21 alunos que irão encerrar e outras com 8 ou 9 que se manterão abertas. E não se pense que é por razões pedagógicas. A medida é discricionária, decidida pelas DRE’s, muitas vezes em função de interesses político-partidários.
A verdadeira razão para o encerramento de escolas é económica. E acho patético que não se assuma isto de forma frontal. Porque qualquer português perceberia o argumento. Não é, efectivamente, viável manter abertas escolas com 8, 9, vá, 15 alunos. Os custos com docentes, com auxiliares e com cantinas (muitas escolas com meia dúzia de alunos tinham até cozinheiras!) são insuportáveis e não se traduzem em melhores projectos educativos e/ou melhores aprendizagens e aumento de sucesso.
Os recursos são escassos e precisam de ser rentabilizados. E não venham os interesses corporativos dos professores defender o contrário: porque a verdade é que já se antecipava isto há, pelo menos, 4 anos e a maioria dos professores colocados nestas escolas não apresentou argumentos, através do seu trabalho e do seu projecto educativo, que justifiquem o seu não encerramento. Para além dos constrangimentos e prejuízos advindos da fraca sociabilização, estas crianças, na generalidade, não beneficiaram das hipotéticas vantagens que poderiam decorrer de integrarem turmas pequenas.
Por isso, sinceramente, se forem acauteladas questões como o tempo de deslocação (não se pode submeter crianças com 6, 7 anos a deslocações muito superiores a 30 minutos), e desde que os projectos educativos das escolas que frequentavam não se destacasse positivamente e, ainda que as escolas de destino não tenham piores condições que as de origem, sou, francamente, favorável ao encerramento de escolas.
No Alentejo, por exemplo, encerraria 70% das escolas localizadas em freguesias rurais, ora agrupando os alunos noutras freguesias, ora transferindo-os para as escolas situadas em freguesias urbanas.
Mesmo o argumento de que o encerramento de escolas mata as aldeias (do qual já fui apologista) é falacioso, uma vez que, actualmente, não há uma vivência ou interligação entre escola e o meio.
O problema desta medida (que é norma nas medidas dos governos de Sócrates) é a forma discricionária, atabalhoada, apressada e autoritária como está a ser imposta. Bem como a propaganda associada. Melhoria teria sido que as razões que fundamentam esta tomada de posição fossem assumidas com frontalidade. Mas é a forma de estar de Sócrates: ele não sabe estar de outra forma que não a mentir! E isto não é defeito, é feitio…
Guida não tem razão…às vezes!
Conhecendo as teorias da conspiração do Bloco e correndo o risco de ser profundamente imoral, diria, para corroborar com a política, que o fumo deve ser sido provocado pelas centenas de corpos que o governo fez desaparecer (e os mandou abandonar nas serras madeirenses) após o temporal de Fevereiro…!
Na minha opinião, o que Guida tentou foi fazer politicazinha de trazer por casa com assuntos sérios, sem qualquer suporte técnico e científico, com base no “parece-me”, ou no “dizem que”.
Isto é, naturalmente, uma forma muito pouco sério de fazer política.
De resto, até concordo com a Guida: se há dinheiro para fazer radares, marinas inúteis e outras obras de serventia duvidosa, já era tempo do governo regional investir a sério na protecção civil e equipar esta autoridade com um helicóptero, que tanto pudesse ser utilizado no inverno como no Verão. Não custava assim tanto (nem investimento inicial, nem ao nível de manutenção) e seria muito mais útil à Madeira do que tretas como aquela no Lugar de Baixo.
Questão de gosto
Será porque não os compra na House of Bijan?
E já agora, não é curioso que um tipo cujo vencimento mensal nunca foi superior a 7.000€ e que não herdou nenhuma fortuna, seja cliente de uma loja que cobra 50.000 dólares por fato?
12.8.10
Ah, que saudades!
Utilizando uma linguagem gastronómica, fiz um esforço de memória e cheguei à conclusão de que o actual futebol-prego-no-prato que nos é servido em nada se compara com a bola-bifana-"mini" dos finais dos anos 80, princípios dos anos 90 do século XX.
Ah, que saudades do Tirsense e do Prof. Neca! Aquilo é que era jogar à bola, com a táctica do 9-0-1 e o Magonga a distribuir "cacete" e palmadinhas nas costas pelos defesas menos precavidos! Belos campeonatos aqueles em que jogava o Gil Vicente num estádio parecido a um acampamento de refugiados somalis, onde um senhor careca insistia em levantar-se no exacto momento em que alguém decidia rematar à baliza, tapando a única câmara que conseguia furar uma barreira de colunas de cimento para mostrar três quartos da grande área. Ah, quantos golos ficaram para sempre perdidos, ocultos pela anónima careca do cavalheiro!
E que dizer dos campeonatos ganhos pelos irmãos Calheiros, essas referências do apito, exímios corredores de 100 metros?
E o magnífico Feirense de 1989-90, orgulhoso último classificado, cuja referência era um médio centro com o nome de guerra "Quitó", que distribuía pancada entre adversários e companheiros de equipa, defendendo o seu raio de acção - o círculo central - com a mesma fúria com que Augusto Santos Silva defende o Eng. Sócrates?
E o União do Prof.Mâncio? Ah, que grande equipa, liderada por aquele estrondoso defesa central a quem alguém decidiu, num dia de nevoeiro, chamar Quinonez! E o Famalicão do Celestino, não será inigualável?
E o que dizer de estrelas como o Reinaldo, ponta-de-lança que brilhou intensamente com a bela camisola do Penafiel, conseguindo a proeza de alinhar em 30 jogos, num campeonato com 20 equipas, marcando 0 golos? Ou como o Basaula, da célebre equipa de "O Elvas", que tão boa conta deu de si na época de 1987/88? Ou como o Balseiro, inesquecível guarda-redes que contribuiu decididamente para a bela época realizada pelo Sporting da Covilhã em 1987/88 sofrendo apenas 70 golos? Será possível ofuscar o brilho intenso de um Lobão, de um Paulinho Santos, de um André, de um Oceano, de um Bobó (Mamadu), de um Cerqueira, de um Gaspar, de um João "cabeçudo" Pinto? Será possível ultrapassar a beleza que o Benfica espalhava pelos campos deste Portugal quando nove dos seus onze jogadores ostentavam vigorosas cabeleiras e fartos bigodes, usando a "unhaca" para ameaçar árbitros e torturar adversários?
É razoável crer que alguém deixe mais marcas em corpos já doridos do que o Couto, o Mozer, o Jorge Costa, o André, o Teixeirinha, o Paulinho Santos, o Vermelhinho, o Lufemba, esses verdadeiros cereal killers (em alentejano)? Quando comparados, o Rolando, o Luisão, o Tonel, ou o Sereno não passam de um encantador grupo de mosquitos de Santa Luzia a cantar em coro o "Besa me mucho" face a uma horda que configurava uma verdadeira praga bíblica!
Ah, que saudades das entrevistas do Barroso ao Domingo Desportivo, das piadas do Pinto da Costa, do guarda Abel, essa figura mítica dos "ervados" lusos...
Ah que saudades da cultura táctica de um Jaime Pacheco, da sapiência de um Artur Jorge, da criatividade de um Manuel de Oliveira, da capacidade de inovar de um Prof. Neca, da leveza de um Mário Wilson! Ah, que saudades do bom e velho Campeonato Nacional da I Divisão, quando não havia liga, nem patrocínios, nem equipamentos alternativos cor-de-rosa, quando não era necessário comprar frangos em Espanha por 8 milhões e meio de euros e a fruta crescia abundantemente onde faltava a relva e o jeito! Ah, que saudades!
O futebol, hoje, é pra meninas!
10.8.10
6.8.10
Primeiro não gostava, depois gostava, depois já não gostava outra vez.
Ouvi falar dela, por parte de quem a conhecia, e do seu “sagrado feminino” como se de uma activista se tratasse. Mantive, então, uma prudente distância, porque desde sempre que os fundamentalismos me causaram pruridos e nunca fui grande adepto de feminismos e outros ismos similares.
Contudo, mediante as conversas que ia tendo, fui descobrindo e/ou intuindo que, na literatura que produzia, fazia uso de um estranho misticismo sul-americano, que reúne xamantismo e tribalismo matriarcal. E foi despertando o desejo de a ler. O filme "A Casa dos Espíritos" foi o gatilho para a minha aventura com a sul-americana atarracada, com ar de inca.
O primeiro livro foi, talvez, o mais improvável: "Afrodite", um livro que, não deixando de ser de receitas, é muito mais do que isso. É um livro de culinária e de paixões, de cozinhados e de desejos, de sabores, de aromas, de toques, que tanto pode servir para a cozinha como para a cama, que tanto pode ser classificado de literatura gastronómica, como literatura erótica. Poucos foram os livros tão sedutores que li como esse. Poucos se insinuaram tanto de forma tão sensual.
Para um amador (porque amo e porque não sou profissional) de cozinha, não poderia haver melhor início. Imediatamente rendi-me à chilena e li – li não, devorei! – todos os livros que me caíam às mãos.
Emocionei-me com a história do clã Trueba; chorei a morte de Paula; revoltei-me contra a ditadura que matou Evangelina e aproximou e afastou Francisco e Irene; deliciei-me com a filha da fortuna, retratada em sépia.
Apaixonei-me por Eva Luna e pelo que dela se contou e nunca o Zorro foi herói tão perfeitamente humano como quando descrito pela mão de Isabel Allende.
Desses tempos, apenas "Plano Infinito" não mexeu comigo e atribui esse facto à infelicidade que qualquer criador está sujeito: os abortos acontecem!
A verdade é que descobri um veludo na escrita de Allende, que nunca vi em qualquer outro autor, mesmo que me incomodasse a sua tentativa de rebaixar permanentemente o homem ocidental, excessivamente estereotipado: machista e misógino; obtuso e insensível; grosseiro e ignorante; boçal e obsceno; imundo e pestilento.
Durante uns anos, não li Allende. Recomecei com "Inês de minha alma" e continuei a sentir essa suavidade quente que brota da sua escrita.
Depois… Bem, depois foram os contos juvenis, com as aventuras de Alex e Nádia.
Não desiludiram, mas deixei de sentir o tal veludo, pelo qual me havia apaixonado e que havia de ser a minha perdição (e a da autora, no que a este seu leitor diz respeito).
O último livro que li dela (estou ainda a ler, para ser mais rigoroso) é, não apenas uma desilusão, como fez esfriar absolutamente a paixão que sentia por ela. "A Ilha debaixo do Mar" não tem o mais leve sinal do tal veludo e parece-me ter sido escrito recorrendo a doses maciças de cábulas históricas. Há páginas e páginas que apenas interessam a historiadores (e tenho dúvidas quanto à fiabilidade das informações), sem qualquer interesse para a narrativa, que não é fluida e parece desinspirada.
Os personagens estereotipados estão ao rubro: todos os fazendeiros são apresentados como bárbaros – Cambray então, é um descendente de Lúcifer – e os brancos são, na generalidade, pouco fiáveis, cobardes, violadores e cruéis, ao passo que os escravos, homens e mulheres, são seres apaixonantes e apaixonados, senhoras e senhores de inteligência e belezas indescritíveis, conhecedores profundos da natureza e do amor. Os colonos assassinam crianças negras para seu prazer: os negros fazem-no às brancas, para defender a sua liberdade.
Posso ser só eu, mas já me cansa esta tendência, ainda para mais sem que aquela contadora de histórias de paixão, com a escrita aveludada se tenha revelado.
Fico, contudo, à espera de mais: porque se não tenho esperança acerca de mudanças na ideologia subjacente, acho que Isabel Allende ainda nos pode voltar a oferecer o sabor sul-americano com que nos sussura(ou) a palavra cantada, e que me fez despertar os mais primários sentidos.
Body, Mind, Madeira... Rali
3.8.10
Da hipocrisia...
Não dizer em voz alta, aquilo que se sussurra em surdina.
Da minha parte poderão contar com bordoada. E estridente!
28.7.10
Em defesa da Liberdade Religiosa...
E como é que um tipinho que não sabe escrever e cuja cultura, estou em crer, limita-se ao wikiconhecimento, acha que tem alguma coisa a dizer a esse respeito? É que se o tipo tivesse capacidade intelectual para argumentar, vá, admitia-se. Mas o Letra? O LETRA?!
Verdades de La Palisse
Um cretino é sempre um cretino. E Rui Alves é um cretino sem tamanho, que usou, uma vez mais, o seu clube para resolver questões pessoais (e algumas frustrações, estou convencido).
Sinceramente, não sei o que espera o governo regional para intervir nesta palhaçada. Clubes financiados pelo erário público, em nome de uma suposta representação da Madeira, não podem agir da forma como o Nacional tem feito. É necessário que alguém mostre a esse tipo que não pode se comportar, institucionalmente, como se comporta numa casa de putas!
QUEM QUER SER PULHA?
Que a Sporttv é uma estação de canalhas, já sabíamos. A novidade é que esta estação abre inquéritos para descobrir quem denuncia as calhalhices e não aos pulhas que as cometem.
ACHAS QUE SABES MENTIR?
Tenho ouvido dizer que a qualidade da democracia tem diminuído. Não, meus senhores, o que tem diminuído é a qualidade dos políticos. A maior prova disto é o governo e o seu líder, que é bem capaz de ser o Maior Mentiroso do País.
TARDES DA JÚLIA?
Sócrates e "sus muchachos" saíram à rua para celebrar o facto de não ter sido proferida qualquer acusação ao PM, no processo Freeport.
Caríssimos, isto não vem ilibar Sócrates: vem apenas demonstrar que a Justiça em Portugal é uma brincadeirinha, na qual não se pode confiar. Aliás, alguém neste país leva a sério as tontices que são proferidas pelo Procurador da República ou por Cândida Almeida (que cada vez que fala é para entalar a PGR)?
E esta é a grande tragédia deste país: termos uma Justiça completamente permeável aos interesses políticos e económicos...
É caso para dizer que há mais justiça nas Tardes da Júlia!
19.7.10
O regresso ao presente
Louve-se a equidistância de ambos perante a realidade: enquanto um tem pesadelos com um passado de fantasmas imaginários, o outro almeja e deseja um futuro constitucional diferente. Ainda assim, não ficaria mal a nenhum deles começar por tratar, a título inicial, do presente. E por duas singelas razões: para que não regressemos ao tal passado imaginário do Eng. Sócrates; e para que ainda fique algum futuro para o Dr. Pedro. Não vá o diabo tecê-las.
18.7.10
Jornal publica o que ministra disse e não o que queria dizer
Mas a verdade é que ela afirmou peremptoriamente que ia haver um ajustamento salarial à inflação. Se hoje vem desmentir é tão só porque levou um puxão de orelhas do ministro das Finanças, mas é demonstrativo do desnorte deste governo. E, ainda que já seja hábito, a minha pergunta é: não há qualquer consequência política a retirar?
17.7.10
Brevíssimas
E elogiava, o académico, a capacidade de trabalho das pessoas alemãs, em comparação com os preguiçosos portugueses.
Ora, não sei se António Barreto esta a fazer um mea culpa e elogiava os académicos alemães, em comparação com o seu trabalho e o dos seus colegas, ou a quem se referia. Porque no que a mim me toca, não há alemão que trabalhe mais do que eu, na minha profissão. Nem alemão, nem sueco, nem dinamarquês, nem norueguês, nem filandês.
E sabem como é que eu sei disso? Porque trabalho com eles e curiosamente quem apresenta resultados são os tais técnicos oriundos dos PIGGS.
Como também sei que a generalidade dos trabalhadores portugueses não são preguiçosos ou não seriam mão-de-obra tão querida noutros países.
Quando oiço algumas luminárias defenderem coligações alargadas com o PS não consigo deixar de me rir. O problema em Portugal não está em fazer coligações com o PS. O problema, como bem diagnosticou Portas (ainda que os seus interesses sejam igualmente mesquinhos), é que nenhum partido sério pode coligar-se com um partido dominado por pessoas como Sócrates, Ricardo Rodrigues, Lello, Vitalino Canas, Santos Silva and so on...
Seria crime de lesa pátria!
Como é que Ricardo Rodrigues fala em criminalidade e não lhe queima a puta de língua?
A PT nunca deveria ser privatizada. Mas tendo sido, que raio de interesse estratégico é que há em manter-se nas mãos de portugueses? Que eu saiba, o capital não tem (e bem!) ideologia, nem raça, nem pátria. Por isso, tanto faz, não? Ou então, a PT deveria ser uma empresa pública, after all?! Mas então, porque é que vamos privatizar os CTT, a ANA, as Águas de Portugal e outras empresas de interesse estratégico? E como é que são os socialistas, esses paladinos que se situam na linha da frente do combate ao neoliberalismo económico, a promoverem estas privatizações? E essa gente que se assume socialista não tem nada para dizer? Calados que nem ratos?
16.7.10
O Trio Odemira
Na cabeça do Dr. Portas, tudo isto faz sentido, é eficaz e, pelos vistos, também é exequível e verosímil. Se atentarmos bem, só fica mesmo, mesmo, mesmo a faltar que o PS despache o Eng. Sócrates, que o PSD aceite entrar na artimanha e, já agora, que o Dr. Portas se mantenha no delírio em que pelos vistos mergulhou.
15.7.10
As canções de que mais gosto I
As palavras de Natália Correia são intemporais, apesar de, numa leitura distraída, poderem parecer datadas.
13.7.10
Homenagem à Coragem e Retro 70's
Minnie Riperton faleceu aos 31 anos, fez ontem 31 anos. Compositora e cantora, dona de uma extraordinária amplitude vocal (5 oitavas e meia!!!) teve uma ainda assim longa carreira, tendo começado aos quinze anos (uma das primeiras gravações é como uma das vozes de apoio de Fontella Bass em “Rescue Me”). Numa altura em que era pouco comum que celebridades falassem em público do assunto, fez história ao anunciar no popular The Tonight Show, em Agosto de 1976, que tinha sofrido uma mastectomia em Janeiro consequência de um cancro. Superou em três anos a previsão inicial de 6 meses de vida e, sem nunca deixar de cantar, tornou-se porta-voz da American Cancer Society contribuindo para um aumento significativo de diagnósticos precoces de cancro da mama. Uma das suas músicas mais conhecidas, “Lovin’ You”, era originalmente uma lullaby criada para distrair a sua filha bebé Maya e poder passar algum tempo com o seu marido Richard, tornou-se um dos maiores êxitos dos anos 70 do século XX. Fica a música (e especialmente o vídeo) para quem está numa onda de retro 70's... ou simplesmente na onda ;)
Roda Viva
12.7.10
Futebol mais democrático
Cruyff foi campeão
9.7.10
Primavera Cubana
E quem negociou esta libertação foi o líder da Igreja cubana.
Não há engano. A "fantástica" ideologia aprisionou quem dela discorda, tendo esses presos sido libertados por essa organização "fascista" e reaccionária" que é a Igreja Católica.
Ao cuidado da reflexão da esquerda bem-pensante portuguesa...
Mais uma jóia para Ronaldo?
Agora corto férias...Quem cortou as férias? É preciso aumentá-las...
Bloco Central?!
Ora, se isto é o melhor que temos, Portugal está fodido!
Se o PS fosse um partido...
Ao invés, aplaude as tontices do PM, como aquela do neoliberalismo, vindo de um tipo que quer privatizar tudo o que mexe em Portugal (vá lá, não privatizar a mãezinha...)!