"Reúne sete ou oito sábios e tornar-se-ão outros tantos tolos, pois incapazes de chegar a acordo entre eles, discutem as coisas em vez de as fazerem" - António da Venafro
26.12.08
24.12.08
Feliz Natal!
E deixo-vos com dois textos que sugerem a reflexão: um de Ary dos Santos que parece-me claro. O outro é um belíssimo excerto retirado do Evangelho de São Lucas, em que Zacarias fala ao filho, São João Baptista - aquele que precedeu Jesus. O motivo pelo qual deixo este texto prende-se com o facto de me parecer fundamental que os cristão reflictam sobre essa sua condição e o que deve significar o Natal. Uma mensagem que nos exorta a pedir conforto e esperança e o respeito por quem nos precede.
Tu que dormes a noite na calçada de relento
Numa cama de chuva com lençóis feitos de vento
Tu que tens o Natal da solidão, do sofrimento
És meu irmão amigo
És meu irmão
E tu que dormes só no pesadelo do ciúme
Numa cama de raiva com lençóis feitos de lume
E sofres o Natal da solidão sem um queixume
És meu irmão amigo
És meu irmão
Natal é em Dezembro
Mas em Maio pode ser
Natal é em Setembro
É quando um homem quiser
Natal é quando nasce uma vida a amanhecer
Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher
Tu que inventas ternura e brinquedos para dar
Tu que inventas bonecas e comboios de luar
E mentes ao teu filho por não os poderes comprar
És meu irmão amigo
És meu irmão
E tu que vês na montra a tua fome que eu não sei
Fatias de tristeza em cada alegre bolo-rei
Pões um sabor amargo em cada doce que eu comprei
És meu irmão amigo
És meu irmão
Natal é em Dezembro
Mas em Maio pode ser
Natal é em Setembro
É quando um homem quiser
Natal é quando nasce uma vida a amanhecer
Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher
José Carlos Ary dos Santos
Zacarias, seu pai, ficou cheio do Espírito Santo e profetizou, nestes termos: Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e resgatou o seu povo, e suscitou-nos um poderoso Salvador, na casa de David, seu servo (como havia anunciado, desde os primeiros tempos, mediante os seus santos profetas), para nos livrar dos nossos inimigos e das mãos de todos os que nos odeiam. Assim exerce a sua misericórdia com nossos pais, e se recorda de sua Santa Aliança, segundo o juramento que fez a nosso pai Abraão: de nos conceder que, sem temor, libertados de mãos inimigas, possamos servi-Lo em santidade e justiça, em Sua presença, todos os dias da nossa vida. E tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque precederás o Senhor e lhe prepararás o caminho, para dar ao seu povo conhecer a salvação, pelo perdão dos pecados. Graças à ternura e misericórdia de nosso Deus, que nos vai trazer do Alto a visita do Sol nascente, que há-de iluminar os que jazem nas trevas e na sombra da morte e dirigir os nossos passos no caminho da paz.
O menino foi crescendo e fortificava-se em espírito, e viveu nos desertos até o dia em que se apresentou diante de Israel.
Evangelho de S. Lucas
Feliz Natal!
PS - O "pai" Natal está um bocado verde. Quem o "pintou", fê-lo assim! Não o queiram nas vossas casas.
Pouca-vergonha do PND
Mas, pelos vistos, devo ser apenas eu que sou uma ave rara. Porque mais ninguém parece se aperceber desta miserável pouca-vergonha!
23.12.08
Movimentos anti-eclesiásticos ou os novos mata-frades! Um mau serviço à Humanidade.
22.12.08
"The Blowers Daughter", by Damien Rice
And so it is
Just like you said it would be
Life goes easy on me
Most of the time
And so it is
The shorter story
No love, no glory
No hero in her sky
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes...
And so it is
Just like you said it should be
We'll both forget the breeze
Most of the time
And so it is
The colder water
The blower's daughter
The pupil in denial
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes...
Did I say that I loathe you?
Did I say that I want to
Leave it all behind?
I can't take my mind off of you
I can't take my mind off you
I can't take my mind off of you
I can't take my mind off you
I can't take my mind off you
I can't take my mind...My mind...my mind...'
Til I find somebody new!
19.12.08
Brief encounter
I. Brief Encounter
A spider wanders aimlessly within the warmth of a shadow
Not the regal creature of border caves
But the poor, misguided, directionless familiar
Of some obscure Scottish poet
The mist crawls from the canal
Like some primordial phantom of romance
To curl, under a cascade of neon pollen
While I sit tied to the phone like an expectant father
Your carnation will rot in a vase.
II. Lost Weekend
A train sleeps in a siding
The driver guzzles another can of lager
To wash away the memories of a Friday night down at the club
She was a wallflower at sixteen
She'll be a wallflower at thirty four
Her mother called her beautiful
Her daddy said, "A whore".
III. Blue Angel
The sky was Bible black in Lyon
When I met the Magdalene
She was paralysed in a streetlight
She refused to give her name
And a ring of violet bruises
They were pinned upon her arm.
Two hundred francs for sanctuary and she led me by the hand
To a room of dancing shadows where all the heartache disappears
And from glowing tongues of candles
I heard her whisper in my ear "'J'entend ton coeur"
I can hear your heart
IV. Misplaced Rendezvous
It's getting late, for scribbling and scratching on the paper
Something's gonna give under this pressure
And the cracks are already beginning to show
It's too late The weekend career girl never boarded the plane
They said this could never happen again
So wrong, so wrong
This time it seems to be another misplaced rendezvous
This time, it's looking like another misplaced rendezvous
With you The parallel of you, you
V. Windswept Thumb
On the outskirts of nowhere
On the ring road to somewhere
On the verge of indecision
I'll always take the roundabout way
Waiting on the rain
For I was born with a habit, from a sign
The habit of a windswept thumb
And the sign of the rain It's started raining
Marillion
Desert Rose
I dream of rain
I dream of gardens in the desert sand
I wake in vain
I dream of love as time runs through my hand
I dream of fire
Those dreams that tie two hearts that will never die
And near the flames
The shadows play in the shape of the mans desire
This desert rose
Whose shadow bears the secret promise
This desert flower
No sweet perfume that would torture you more than this
And now she turns
This way she moves in the logic of all my dreams
This fire burns
I realize that nothings as it seems
I dream of rain
I dream of gardens in the desert sand
I wake in vain
I dream of love as time runs through my hand
I dream of rain
I lift my gaze to empty skies above
I close my eyes
The rare perfume is the sweet intoxication of love
I dream of rain
I dream of gardens in the desert sand
I wake in vain
I dream of love as time runs through my hand
Sweet desert rose
Whose shadow bears the secret promise
This desert flower
No sweet perfume that would torture you more than this
Sweet desert rose
This memory of hidden hearts and souls
This desert flower
This rare perfurme is the sweet intoxication of love
Sting com Cheb Mami
Quasi
Um pouco mais de sol — eu era brasa,
Um pouco mais de azul — eu era além.
Para atingir, faltou-me um golpe d'asa…
Se ao menos eu permanecesse aquém…
Assombro ou paz? Em vão… Tudo esvaído
Num baixo mar enganador d'espuma;
E o grande sonho despertado em bruma,
O grande sonho — ó dor! — quasi vivido…
Quasi o amor, quasi o triunfo e a chama,
Quasi o princípio e o fim — quasi a expansão…
Mas na minh'alma tudo se derrama…
Entanto nada foi só ilusão!
De tudo houve um começo… e tudo errou…
— Ai a dor de ser-quasi, dor sem fim… —
Eu falhei-me entre os mais, falhei em mim,
Asa que se elançou mas não voou…
Momentos d'alma que desbaratei…
Templos aonde nunca pus um altar…
Rios que perdi sem os levar ao mar…
Ânsias que foram mas que não fixei…
Se me vagueio, encontro só indícios…
Ogivas para o sol — vejo-as cerradas;
E mãos d'herói, sem fé, acobardadas,
Puseram grades sobre os precipícios…
Num ímpeto difuso de quebranto,
Tudo encetei e nada possuí…
Hoje, de mim, só resta o desencanto
Das coisas que beijei mas não vivi…
Mário de Sá Carneiro
PS: Este poderá ser o retrato da minha geração. É um velho retrato, recuperado de uma espécie de báu qualquer, mas curiosamente, as faces que mostram são as nossas. A minha e as de tantos outros que como eu, habitam estes tempos de desencanto. Se calhar falta-nos um golpe d'asa. Sem ele, quasi mudamos, quasi crescemos, quasi os tiramos do caminho.
PS 2: pode ser que no final do próximo ano me apeteça postar outra merda qualquer...
16.12.08
Memórias que não se apagam
Desejo toda a sorte do mundo à equipa e deixo o meu apelo a quem puder ajudá-los a concluir este projecto, que me parece de qualidade.
Hipocrisia vs defesa de princípios absolutos
15.12.08
O Natal....
13.12.08
Mais de El Hijo
Mais de El Hijo.
O vídeo Conmigo a Tu Vera, realizado por Nacho Piedra.
Somos casi invisibles
Al caer la tarde
Somos los enmascarados
Sólo dos entre un millón
Así es, Reina Margot
Si te ríes es mejor
Que tu risa sea buen viento
hasta el final.
Tú y yo nos encaminamos
A salir de esto
Ya quedan atrás los muros
De la vieja catedral
Cuando vaya a ser lo último
Y se apague la ciudad
Que tus ojos sean mi puesto en el
timón.
Ven si quieres para mirar allá
A todo lo que dejarás
Aún se pueden ver
Torres de cristal
De la fortaleza
Ahora que zarpamos hacia alta mar
Tomemos ron para recordar
Sin miedo a la sal
Que querrá pegarse
A nuestros cuerpos.
Escucha eso que empieza a sonar
Será ruidoso hacia el final
Es una canción
Que canta la nave
En su extraña lengua.
De los que navegan dice el cantar
El tiempo es puñado de sal
Desvanécete
En el camarín
Conmigo a tu vera.
El Hijo
Depois de Migala, El Hijo. Abel Hernandez. Entrem no link abaixo, onde se prova que ainda existem segredos muito bem guardados.
Este foi descoberto graças à WOAB. http://umblogquesejaseu.blogspot.com/
Se me permitem uma sugestão, comecem a audição por Los Reys que Traigo. É genial.
Eis a letra:
Dame algo
Del ruido secreto
Que sale de tu cuarto
Comparte
Un poco de aquello
Con mi corazón.
Alquílame tu bungalo(ve)
Hay veces que estás y otras no
Los reyes que traigo
Vienen igual que ayer
Toda la noche vagando
De día no andan bien.
Me cuentan
Que te volviste atrás
A las puertas de tu Shangri-La
Y que las luces
Que trajiste de allá
Se disfrazan de dragón.
Invítame a
Tu nº 2
Hay veces que estás y otras no.
Los reyes que traigo
Vienen igual que ayer
Toda la noche vagando
De día no andan bien.
Los reyes que traigo
Vienen igual que ayer
Toda la noche te miran
De día no pueden ver.
Si me tiras
Las llaves del castillo
He venido a quedarme aquí
Los guardias
En sus caballos
Me buscan por el parque
Helado.
12.12.08
Alentejo
Nesses dias os homens desaparecem devagar na paisagem seca. Caminham lentamente, ofegando. Sentem a morte rondá-los. E por isso dão gritos loucos que assustam os pássaros. A terra quer-os quer bem assados!
Sentam-se devagar sob a sombra. Olham-se solenemente. Suam como porcos.
São os dias do tédio. As mulheres escondem-se dentro dos casebres. Unem delirantemente os fios de transpiração que os homens deixam quando regressam. Com eles tecem uma teia de ódio. Se pudessem, desencadeariam uma orgia. E lamberiam com prazer as últimas gotas de sangue dos homens degolados. Mas preferem ajoelhar-se e rezar o terço, com os olhos semicerrados e as mãos fechadas sobre as contas.
Nas noites desses dias, as mulheres encolhem-se na cama, fugindo das mãos ébrias que lhes afastam as camisas de dormir. Do hálito de vinho que as corrói. Nas noites desses dias, as mulheres escondem uma faca debaixo do travesseiro.
Lisboa não é a cidade perfeita
' Inda bem que o tempo passou
e o amor que acabou não saiu.
' Inda bem que há um fado qualquer
que diz tudo o que a vida não diz.
Ainda bem que Lisboa não é
a cidade perfeita p'ra nós.
Ainda bem que há um beco qualquer
que dá eco a quem nunca tem voz.
‘Inda agora vi a louca sozinha a cantar,
do alto daquela janela.
Há noites em que a saudade me deixa a pensar:
Um dia juntar-me a ela.
Um dia cantar…
como ela.
‘Inda bem que eu nunca fui capaz
de encontrar a viela a seguir.
‘Inda bem que o Tejo é lilás
e os peixes não param de rir.
Ainda bem que o teu corpo não quer
embarcar na tormenta do réu.
Ainda bem se o destino quiser
esta trágica historia, sou eu.
‘Inda agora vi a louca sozinha a cantar,
do alto daquela janela.
Há noites em que a saudade me deixa a pensar:
Um dia juntar-me a ela.
Um dia cantar…
como ela.
Deolinda
É imperfeita´mas por isso é a ela que às vezes me apetece voltar.
Esta banda sonora ajuda. E de que maneira.
Ronaldo global
Com mais de 1 milhão de visualizações. A ver através do Expresso.pt.
http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/475900
11.12.08
10.12.08
Nem Tudo é Dinheiro
Fi-lo, por causa de uma entrevista que acabei de ver na SIC-Notícias a Luís Nobre Guedes. Não tenho a menor dúvida que será presidente do CDS. Gostei da serenidade com que respondeu às questões. Da forma, do conteúdo. Acima de tudo, da visão que tem do que deve ser a política e de como os políticos devem agir. Resume-se a duas palavras: VERDADE e AUTENTICIDADE.
Infelizmente, assisti na mesma televisão, minutos antes, a um debate sobre o Orçamento da Madeira para 2009.
Os registos que tenho dessa conversa são de intervenções musculadas, de políticos que ainda não perceberam que o Mundo está a mudar….a política já mudou.
Obama é o paradigma da viragem. O resto explica a crise: - começou pela perda dos valores, da entidade, da cultura, da forma de viver em sociedade, por muitas sociedades….até atingir o “alma” do mundo.
Errou quem considerou, o dinheiro, o motor do Mundo.
A crise não é económica. A crise é humana.
Hoje, estive com crianças institucionalizadas no Abrigo de Nossa Senhora da Conceição. Fui em trabalho. Não levei prendas, mas trouxe alegria.
Boa noite.
5.12.08
3.12.08
Herberto
No sorriso louco das mães batem as leves
gotas de chuva. Nas amadas
caras loucas batem e batem
os dedos amarelos das candeias.
Que balouçam. Que são puras.
Gotas e candeias puras. E as mães
aproximam-se soprando os dedos frios.
Seu corpo move-se
pelo meio dos ossos filiais, pelos tendões
e orgãos mergulhados,
e as calmas mães intrínsecas sentam-se
nas cabeças filiais.
Sentam-se, e estão ali num silêncio demorado e apressado,
vendo tudo,
e queimando as imagens, alimentando as imagens,
enquanto o amor é cada vez mais forte.
E bate-lhes nas caras, o amor leve.
O amor feroz.
E as mães são cada vez mais belas.
Pensam os filhos que elas levitam.
Flores violentas batem nas suas pálpebras.
Elas respiram ao alto e em baixo.
São silenciosas.
E a sua cara está no meio das gotas particulares
da chuva,
em volta das candeias. No contínuo
escorrer dos filhos.
As mães são as mais altas coisas
que os filhos criam, porque se colocam
na combustão dos filhos. Porque
os filhos são como invasores dentes-de-leão
no terreno das mães.
E as mães são poços de petróleo nas palavras dos filhos,
e atiram-se, através deles, como jactos
para fora da terra.
E os filhos mergulham em escafandros no interior
de muitas águas,
e trazem as mães como polvos embrulhados nas mãos
e na agudez de toda a sua vida.
E o filho senta-se com a sua mãe à cabeceira da mesa,
e através dele a mãe mexe aqui e ali,
nas chávenas e nos garfos.
E através da mãe o filho pensa
que nenhuma morte é possível e as águas
estão ligadas entre si
por meio da mão dele que toca a cara louca
da mãe que toca a mão pressentida do filho.
E por dentro do amor, até somente ser possível amar tudo,
e ser possível tudo ser reencontrado
por dentro do amor.
Herberto Helder
Enviado por e-mail. Gostei do presente, a sério.
2.12.08
A flor do ódio
Já me tinham dito isto.
Não me recordo quem.
O tema surge na sequência da novela que estão a rodar na ilha.
Vi dois episódios. Gostei das paisagens, não gostei do enredo.
Especialmente, da intriga. Confesso que me arrepiou assistir ao ódio que vomitam do ecrã para fora. Felizmente sei as linhas gerais da construção de um argumento, mas deixa-me triste, o resultado final. Sobretudo, porque existem muitas famílias, mulheres, que seguem religiosamente cada episódio.
Há sociólogos que defendem que o ser humano é influenciado pelo contexto social onde vive. Com base neste pressuposto, acredito que muitas mulheres destroem uma vida familiar agradável, pela influência das novelas.
Inconscientemente, revelam comportamentos adquiridos, num momento de tensão em casa.
Acabem com as novelas. Já!
1.12.08
30.11.08
Memória do Festival
O cinema surgiu na minha vida, em simultâneo, com as grandes paixões. Os dois sentimentos - a paixão e o cinema - cresceram juntos. As desilusões também, acompanhadas de emoções cada vez mais fortes.
Isto é cinema! O resto é pipocas.
Imaginem uma mulher jovem, mas gorda. Bonita, mas cuja beleza é difícil de ver após os primeiros 10 contactos. Talvez sejam necessários anos. Ela está desesperada, para deixar de ser virgem. Esta cena aconteceu à chuva. O cenário é idílico. Género, aldeia com casas isoladas e uma floresta exuberante à volta……..Agora, juntem-lhe um chiqueiro. Porcos e a tal mulher gorda - com mais pneus que um camião - sem roupa. Ela é, uma espécie de Eva no paraíso (completamente nua) que corajosamente vai para dentro do chiqueiro. Não se esqueçam que continua a chover. Ela deita-se na lama. Lambuza-se e tem como objectivo seduzir um dos porcos para..................
O caso é verídico. Eu vi em “Kino Lika” dia 12 de Novembro de 2008, no 4º Festival de Cinema do Funchal.
24.11.08
O Infinito Universo Humano
Os 34 minutos são um sopro. Acreditem.
http://www.roberthappe.net/port/video.htm
20.11.08
Volto já!
Cá estou. Voltei porque gosto de escrever. Voltei porque tenho algo para dizer. Não sei o quê, mas isso não importa. O que conta é a vontade. É a energia que a ausência provoca em quem quer falar, mas não consegue.
Gostava de falar de coisas importantes, mas será que vale a pena debruçar-me sobre a crise? Sobre a política? Sobre a novela da TVI, rodada na Madeira? Será que vale a pena ressuscitar assuntos esgotados, como os que acabei de citar.
Gostava de falar de cinema. Gosta de dissertar sobre as estrelas, mas impede-me um tecto de fazê-lo. Prometo que vou à rua e já volto. Não prometo que o escuro me deixe olhar para o céu, mas prometo descrever a noite. Estou a escrever estas palavras enquanto o relógio salta de minuto em minuto. O meu não tem segundos. E horas são 22.
Daqui a pouco muda o dia e ainda não fui à rua. Volto já!
…………
Tem estrelas e está nublado. Primeiro, só vi nuvens. Depois, estrelas. Depois nuvens, logo concluí que estava nublado. Falta a Lua. É verdade. Vou voltar à rua. Não custa muito. São duas portas. Não preciso descer andares. Até estou em vantagem. Estou dois palmos acima da superfície da terra. Em linguagem corrente, corresponde a uma casa com um andar. Se tem mais não sei. Sempre fiquei pelo primeiro andar. É o suficiente para ficar perto do céu, distante dos pormenores da terra.
Volto já………
Não há Lua!
Alteração de Lei por Despacho Ministerial não é ilegal?
Para os que ainda têm dúvidas, reza o ponto 2, do art. 22º do Estatuto Disciplinar do Aluno: Sempre que um aluno, independente da natureza das faltas, atinja um número total de faltas correspondente a três semanas (...) ou tratando-se, exclusivamente, de faltas injustificadas, duas semanas (...) deve realizar (...) uma prova de recuperação.
Parece-me claro que esta redacção determina que a prova de recuperação aplica-se a todos os faltosos e não apenas à faltas injustificadas, com as seguintes consequências:
a) O cumprimento de um plano de acompanhamento especial (...);
b) A retenção do aluno (...).
Ambas as alíneas do ponto 3 do referido artigo.
E o que clarifica o Despacho da Sra. ministra da Educação, no seu ponto 2? A prova de recuperação a aplicar na sequência das faltas justificadas tem como objectivo exclusivamente diagnosticar (...).
Ora, na Lei, em lugar algum existe esta distinção, pelo que me parece manifestamente ilegal esta tentativa de regulamentação da Lei com recurso a um Despacho.
E assim sendo, seria necessário suspender a democracia? Para quê, se para este governo da República as regras de funcionamento do sistema estão sempre suspensas?
É a beleza de democracia à moda de Sócrates!
Ministra da Educação recua. E não há consequências políticas?
Há dias, um amigo socialista lembrava-me que ministros que não pertencem aos aparelhos partidários têm sempre muitas dificuldades políticas. Mas esta atitude de Maria de Lurdes Rodrigues indicia que em três anos de política activa já aprendeu todos os maus vícios. E é com esta seriedade que se faz a política em Portugal...
19.11.08
Avaliação do desempenho docente: falar a sério!
1.º Fazer depender a nota do "sucesso" dos alunos (objectivos). Esta medida é um claro convite ao facilitismo, uma vez que um bom professor não se mede pelas notas que atribui. Quando atribui piores notas do que aquelas que recebeu, pode apenas demonstrar rigor e zelo no doloroso processo de avaliação;
2.º Fazer depender a nota do abandono escolar. Sabem os seus ilustres defensores que na prática esta medida apenas se aplica aos docentes do secundário, uma vez que "não há abandono" quando o aluno se insere na escolaridade obrigatória, uma vez que é considerado abandono apenas quando o aluno sai do sistema, o que o próprio sistema não admite que aconteça antes dos 16 anos? Mais, que em rigor, daqui a nada temos professores a bater à porta das famílias a implorarem que os meninos regressem à escola?;
3.º A possibilidade dos avaliadores serem de áreas científicas diferentes. Como é que um professor de matemática pode avaliar a consistência científica de um professor de Biologia? Não pode, não é, mas o diploma não só o permite, como o estimula porque não existem assim tantos titulares nas escolas para todas as estruturas de gestão. Ainda para mais quando todos conhecemos o processo de progressão na carreira para os titulares...
Se se quiser ser sério, apenas estas razões seriam suficientes para a suspensão do modelo. Porque a verdade é que mais nenhum modelo de avaliação é tão exigente. Nem mesmo a tontice do SIADAP...
Se não se quiser, pode-se continuar a proferir as alarvidades que bem se entender. Porque a ignorância não é nenhum crime e a patetice ainda não paga imposto.
Quero ver quando a ministra for embora
Apesar de até discordar da alteração do Estatuto (porque concordo que mesmo os alunos doentes deveriam fazer prova dos seus conhecimentos), espero que a oposição não deixe cair este assunto e não permita que uma Lei seja alterada por Despacho. Porque isso sim seria a suspensão do sistema democrático.
De repente, parece que o maior problema do país são as declarações de Ferreira Leite
Foi um exercício de ironia infeliz, reconheço. Mas tão só. Qualquer outra interpretação é pura idiotice...
18.11.08
Auto-retrato duas horas da manhã 20 de Agosto de 1959
Sentar à máquina de escrever. Folhear
Um romance policial. No fim
Saber o que agora já sabes:
O secretário de cara lisa e barba dura
É o assassino do senador.
E o amor do jovem sargento da brigada criminal
Pela filha do almirante é correspondido.
Mas não saltarás de página.
De vez em quando, folheando uma, um olhar rápido
Sobre a folha em branco da máquina de escrever.
Isto ao menos vai-nos ser poupado. Melhor que nada.
No jornal estava escrito: algures, uma aldeia
Foi arrasada por um bombardeamento.
É lamentável, mas o que é que tens a ver com isso.
O sargento está a impedir o segundo assassinato
Apesar da filha do almirante lhe oferecer (pela primeira vez)
Os lábios, serviço é serviço.
Não sabes quantos morreram, o jornal desapareceu.
Ao lado, a tua mulher sonha com o seu primeiro amor.
Ontem tentou enforcar-se. Amanhã
Vai cortar os pulsos ou que sei eu ainda
Ao menos tem um objectivo em vista
Que atingirá de uma maneira ou de outra.
E o coração é um vasto cemitério.
A história de Fátima no Neuen Deutschland
Estava tão mal escrita que te fez rir.
A tortura é mais fácil de aprender que a descrição da tortura.
O assassino caiu na armadilha
O sargento aperta a recompensa nos seus braços.
Agora podes dormir. Amanhã será um novo dia.
Heiner Müller
O Anjo do Desespero
Eu sou o anjo do desespero. Com as minhas mãos distribuo o êxtase, o adormecimento, o esquecimento, gozo e dor dos corpos. A minha fala é o silêncio, o meu canto o grito. Na sombra das minhas asas mora o terror. A minha esperança é o último sopro. A minha esperança é a primeira batalha. Eu sou a faca com que o morto abre o caixão. Eu sou aquele que há-de ser. O meu voo é a revolta, o meu céu o abismo de amanhã.
Heiner Müller
De um dos meus poetas favoritos.
14.11.08
13.11.08
Nóvoa vs Gago? A opção é fácil.
sucesso a curto prazo, infelizmente, mas destruirá por muitos anos as forças vivas
que existem nas universidades."
António Nóvoa, reitor da Universidade de Lisboa, em mais um brilhante discurso, que pode ler na íntegra aqui. Aliás, aconselho vivamente aqueles que gostam de opinar sobre a Educação a leitura do discurso de António Nóvoa. Pode ser que aprendam qualquer coisinha não apenas de educação, mas também de política e de como se deve estar na vida pública.
E bem pode esbracejar o ministro com a tutela do Ensino Superior, porque a verdade é que o reitor descreve imaculadamente o ambiente que se vive não apenas nas universidades portuguesas, mas em todos os sectores da sociedade. Este é o modelo de governação socialista de Sócrates.
E como a querer provar as declarações de António Nóvoa, vem Mariano Gago acusá-lo de estar a mentir ou, pelo menos, de não estar a falar verdade. Como se alguém com o seu curriculum* precisasse de se defender das míseras acusações de um qualquer governante.
E as declarações são ainda mais graves quando Gago, até como colega de Nóvoa, - que é um dos mais eminentes e brilhantes especialistas em Educação deste país, professor da universidade [Columbia, Nova Iorque] onde o tal Manuel Sebastião e Obama estudaram, conforme quis fazer questão de lembrar Manuel Pinho, naquelas ridículas declarações -, sabe que as suas acusações não passam de infâmias.
* Nota biográfica de Nóvoa:
- Doutor em Ciências da Educação (Universidade de Genève);
- Doutor em História (Universidade de Paris IV– Sorbonne).
Tem-se dedicado a estudos de história da educação e de educação comparada. Professor da faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Lisboa leccionou também em importantes universidades estrangeiras, como Genève, Paris V, Wisconsin, Oxford e Columbia. É autor de mais de 150 títulos (livros e artigos), publicados em doze países.
Até António Costa está contra este modelo de avaliação. O que falta mais?
Quanto tempo mais faltará para o governo recuar? Quanto tempo mais manter-se-á Maria de Lurdes Rodrigues no Ministério da Educação?
12.11.08
Regime reage, ou acções responsabilizam apenas os seus autores?
Antes de mais, a minha solidariedade para com os dois.
Mas parecem-me situações distintas. O Paulo foi processado: ora, quando se diz o que se quer, arrisca-se a este tipo acção. Confiemos na justiça (sei que não está fácil) e o Paulo terá oportunidade para lutar por ela.
Quanto ao caso do Tino: rapaz, se foste ameaçado, processa o gajo que o fez e denuncia-o publicamente (eu já teria escarrapachado o seu nome por tudo quanto é lado).
Agora, não nos tentem vender a ideia de que as duas situações são reacções do "regime" à vossa actividade política (porque calculo que não sejam pretenciosos ao ponto de se julgarem vítimas inocentes). No máximo, podemos atribuir a ameaça que o Tino sofreu a um imbecil qualquer, que por infeliz coincidência do destino foi parar ao PSD.
Mas, já agora, e já que fizeram publicidade das "represálias", seria importante que também tornassem públicos os motivos que os seus autores julgam ter (ainda que no caso de ameaça física não haja desculpa possível, se o tipo estiver na vida pública - ou mesmo que não esteja).
Vá, mas porque eu sou um democrata e porque gosto pouco de "perseguições" por delito de opinião, a minha solidariedade está convosco! Se efectivamente o único "crime" que cometeram foi emitir a vossa opinião: porrada neles!
Perfect Sense!*
Estou confuso: se tudo esteve bem, como é que agora será melhor???
* Título de uma música de Roger Waters.
Divisionismo ou democracia?
Registei.
País de caciquismo???
Segundo o que parece, sempre que o magnânime líder se desloca ao país real, o eficaz sistema cacico-propagandístico (vá lá, compreendam que esta é a minha catarse sendo, portanto, legítima a criação de neologismos) mobiliza todos os militantes socialistas para aplaudirem, implorarem por beijinhos e disputarem uns rabiscos num papel que se pareçam vagamente com José Sócrates.
No melhor dos mundos, não há mal que dure!
No melhor dos mundos, no país do Magalhães (do Fernão, do PC e de milhares de outros) que é este cantinho chamado Portugal, governado pelo melhor dos governos - ai a porra da crise internacional que veio prejudicar a imagem do divino trabalho do magnânime líder -, o que importa é que o presidente da Autoridade da Concorrência estudou na mesma universidade que o presidente-eleito Obama (que nojo de declarações. Mas haverá algum neurónio dentro daquela cabeça?) e apenas foi nomeado pela sua competência técnica, que nada tem a ver com o facto de ser íntimo do ministro da Tutela.
7.11.08
Sem-vergonhice com rosto socialista
Então, está tudo normal? O processo é limpo, transparente?
Mas seria esperar muito, quando a verticalidade não é uma característica.
Felgueiras afinal não é corrupta!
Neste país, efectivamente a culpa morre sempre solteira!
MEDO.... !
6.11.08
Basta!
Como também são incríveis as imagens de televisão em que ouvimos os gritos histéricos não apenas de Baltazar Aguiar e do Coelho, mas também de Jaime Ramos!
O que os meninos ricos se devem ter rido à custa da palhaçada criada pela medida completamente desproporcionada de impedir a entrada desse inominável Coelho na Assembleia Legislativa Regional (ALRAM). Para todos os efeitos e para mal dos pecados dos que votaram no PND, o tipo é deputado!
Sei bem que pode ser difícil ter de aturar com as piadinhas idiotas dos meninos mimados. Mas a maioria parlamentar (e o presidente da ALRAM), exactamente por ser maioria, tem a obrigação de garantir o mínimo de dignidade no funcionamento do órgão máximo da Autonomia madeirense. Para alinhar nas brincadeiras, existem outros locais: que vão todos beber uns copos e mandem umas piadas uns aos outros. Mas que se comportem com alguma dignidade na casa da Autonomia.
Porque esta, se ontem foi achincalhada pelo deputado do PND, hoje foi-o pelo PSD-M.
É tempo de pôr ordem na casa. E só não sou favorável a uma dissolução da Assembleia porque acho que a última coisa que a Madeira precisa é de mais instabilidade política.
Todavia, parece-me fundamental que o PSD reflicta bem acerca da sua actividade parlamentar e se quer perpetuar o circo que a Assembleia se tem vindo a transformar. E nem é preciso muito: basta não reagir às provocações. Porque o PSD não precisa, porque ao PSD exige-se mais, porque, em última análise, respostas deste género envergonham a Madeira, os madeirenses, os órgãos de governo regional e a própria Autonomia.
E aborrece-me ainda mais porque com estas atitudes o PSD-M vai dando razão aos seus opositores internos e externos. Como me irritou ver esse propagandista socialista que é o Augusto Santos Silva dar-se ares de gente séria e sair em "defesa" da dignificação da ALRAM!
Não: é tempo de dizer basta! E alguém tem de pôr ordem na casa. Não podem continuar estas atitudes disparatadas por parte dos deputados do PSD. Não pode todo um conjunto de deputados alinhar com este tipo de metodologia. Não posso crer e estou certo que houve alguém com bom-senso que se insurgiu contra a ideia absurda de impedir a entrada a um deputado na Assembleia. Lamento é que as vozes discordantes da liderança de Jaime Ramos, que permite e promove este tipo de palhaçada, não se façam ouvir com mais regularidade e soundbites. Porque começa a ser necessário. O PSD tem capital eleitoral suficiente para absorver algumas divisões internas, se necessário for. Porque a verdade é que existe "tralha" que não é necessária, que não faz falta e que apenas prejudica o PSD-M.
E lamento que não seja Jardim a encabeçar um movimento que acabe com o gang que tomou conta da actividade parlamentar do PSD-M! Lamento-o profundamente!
O nosso Primeiro orgão de governo próprio - a ALRAM!
A questão de fundo centra-se no respeito e dignificação dos direitos da Oposição e protecção das minorias representadas no parlamento regional. É este o grande desígnio, e o propósito subjacente a estas "tristes figuras", protagonizadas pelo parlamentar do PND,José Manuel Coelho, e a maioria dos deputados do PSD.
Desde o inicio da IX Legislatura (2007) têm sido visíveis os esforços da Oposição, no exercício das suas competências, quer no âmbito da produção legislativa quer ao nível da insistente (tentativa) de fiscalização da acção do executivo. Os instrumentos disponíveis para a sua execução, são os chamados direitos potestativos, que funcionam como um garante da prática democrática das Oposições parlamentares, consagrados na Constituição da República Portuguesa (1976), no Estatuto Político-Administrativo (1999); e no próprio Regimento da Assembleia Legislativa Regional. É este o documento da discórdia. Nesta Legislatura, já é o terceiro projecto, objecto de revisões regimentais. Isto é, em menos de um ano e meio três alterações ao regimento. Com que objectivo?
Neste momento não existem razões que justifiquem este desenfreado investimento na alteração das regras do jogo parlamentar. As questões de governabilidade estão asseguradas (com as sucessivas maiorias absolutas do PSD); a proporcionalidade é o motivo?
Desde a génese do nosso sistema democrático e com a conquista da autonomia que os tempos de intervenção, quer no Período da ordem do Dia (PAOD), quer no Período da Ordem do Dia dos trabalhos plenários da ALRAM, no que respeita aos partidos da Oposição, têm sido sucessivamente reduzidos. Desde a apresentação da declaração política semanal, ao tratamento de assuntos relevantes; à apresentação de projectos de decreto legislativo, de resolução ou de alteração. O uso da palavra por parte dos parlamentares da Oposição é insistentemente quartado nas sucessivas alterações ao Regimento da Assembleia Legislativa Regional da Madeira (veja-se o Resolução nº1/93/M; Resolução nº1/2000/M; Resolução nº19-A/2005/M;Resolução nº17/2007/M).
No quadro das Comissões Especializadas a atribuição das presidências das comissões é quase exclusiva da bancada da maioria. A fiscalização do governo fica marcada pelos requerimentos, pelas tentativas de agendamento e pelo "esquecimento" de cumprimento dos prazos( por parte da Mesa da ALRAM) aquando da solicitação para a audição dos membros do executivo.
Como é possível com três décadas de democracia que a actividade parlamentar de qualquer assembleia legislativa esteja à mercê da discricionariedade e vontade da maioria parlamentar?
Em tese, as revisões regimentais, e em analogia à Assembleia da República foram realizadas com o intuito de inovar a organização e flexibilizar o seu funcionamento de modo a garantir uma maior expressão pública das diferentes forças políticas; no reforço dos meios de controle e participação das Oposições, clarificando as regras de cumprimento dos deveres do Governo para com os deputados, agilizando os seus procedimentos e reforçando os meios de acompanhamento da acção do poder executivo. Na ALRAM, o processo não passou de mais uma revisão, de mais alguns minutos retirados à Oposição para a vocalização e expressão das suas posições políticas e ideológicas, na tentativa de criar as condições necessárias à alternância no poder, que é em ultima instância o desígnio de qualquer força política que se encontra, num determinado momento, na Oposição.
Este momento protagonizado na ALRAM deveria levar-nos, como cidadãos, eleitores, portugueses e principalmente madeirenses, a reflectirmos, sobre o andamento e exercício do poder político na Região. Avaliar o sistema político regional tem sido um exercício constantemente adiado, mas acho que hoje foi "a gota de água" para todos, num consciente momento de cidadania darmos o nosso contributo!
5.11.08
Diz-me que história tens, dir-te-ei quem és!
É que começam a fartar as brincadeirinhas imbecis dos meninos ricos mimados do Garajau, afinal eminências pardas do PND-Madeira.
E tenho alguma curiosidade para saber o que pensariam verdadeiramente os papás sobre a bandeira desfraldada hoje na Assembleia Legislativa Regional. Quer me parecer que não gostariam de ver esta simbologia ser utilizada em vão!
The day after, ou como a cor de pele não determina a lealdade
É um logro consciente, pelo menos para os europeus mais atentos ou para aqueles que não querem se deixar enganar. Será uma frustração para África, porque os negros compreenderão uma vez mais que a cor de pele não determina a lealdade.
4.11.08
Quando falta tão pouco
Por isso e atendendo à simbologia de um negro (abomino a expressão afro-americano, como se isso fizesse dos pretos menos pretos - e esta é apenas uma constatação de facto que não pressupõe qualquer valor ético) chegar à Casa Branca, até acho que Obama poderá ser uma boa escolha.
Mas também enojou-me profundamente a campanha democrática e dos europeus contra a Sarah Palin. Quiseram apenas vender-nos um boneco que não corresponde, de todo, à governadora do Alaska. Mas o ajuste de contas será para outras nupcias...
E o índio sou eu?, terá perguntado Evo Morales
Agora a sério, numa escala de 1 a 10 o quão palermas foram as declarações de Sócrates? É que mesmo eu senti-me profundamente envergonhado com as patéticas palavras do primeiro-ministro português. E sou capaz de jurar que, durante o discurso, até vilsumbrei um ar de incredulidade seguido de um sorrisinho deliciado do índio Morales. Cheira-me que Evo terá pensado: e o índio sou eu? O provinciano sou eu? O que vem da floresta sou eu! Hãaaaa ...
3.11.08
Carta
Insensível à poesia?
Como, se poemas são as seringas contaminadas que vês todos os dias e a luz branca à beira do teu rio e as fotografias velhas que guardas e arquivas de forma quase esquizofrénica? a própria esquizofrenia é poética, vê lá tu!
Não serão figuras poéticas - poetas do novo, edificados com a massa decadente da tua cidade - os náufragos e as putas do Cais do Sodré? As meninas bonitas que enfeitam as noites do teu Lux(o) semanal? Os panascas do Bairro e as suas súplicas histeriónicas em esquinas cor de rosa? Os chulecos e os dealers que vendem farinha como se fosse coca - bons sonhos, camone!
As lágrimas são poesia pura! Como o riso, o sono, o despertar. Morrer é poético. Como nascer. E viver e aprender que há poesia em todos os gestos, no premir de um gatilho embriagado pela revolta suburbana e no sangue que jorra da ferida aberta no coração da cidade e numa mão que extende flores e numa língua que ajuda a soletrar
- g o s t o d e t i
- f i c o
- q u e r o
- s o u
- t e m o
- v i v o
e no primeiro passo de uma criança e no movimento do coveiro e no baque seco da terra sobre o caixão.
As ocorrências dos jornais não serão textos poéticos? Que serão os maus livros senão a mais clara e poética tradução da vida? Não serão os tratados médicos poemas em estado puro? Soletra:
D o r n o c i c e p t i v a
F a c t o r n e u t r ó f i c o d e r i v a d o d o c é r e b r o (BDNF)
M e c a n o r e c e p t o r
M e s e n c é f a l o
M e t e n c é f a l o
P a l i d e z
P a l p i t a ç õ e s
P a r e s t e s i a
P a r o x i s m o
P e r c e p ç ã o
A palidez poderá ser indício de palpitações que conduzirão a uma parestesia seguida de um paroxismo sem que a sensação seja revelada ao consciente através da percepção.
Não será poética a verdade revelada?
Insensível à poesia?
Gonçalo
28.10.08
Resultados da “corajosa” reforma da Função Pública
Muitas linhas se escreveram e muitos discursos se fizeram sobre a reforma da função pública. Não faltaram os aplausos e os elogios entusiásticos à coragem e ao arrojo do Reformador. Todavia o Diário de Notícias de hoje (17 de Outubro), ao analisar o Orçamento de 2009, revela-nos outro lado da corajosa e eficiente reforma. Segundo o DN mais de 1257 milhões de euros vão ser gastos na aquisição de serviços ao sector privado. Uma parte corresponde a uma “esquecida” (vá lá saber-se porquê...) reforma de combate ao despesismo: o Governo destinou 167,7 milhões de euros para estudos, projectos e pareceres a encomendar a gabinetes de advogados, de engenharia e consultores privados conhecidos de todos, uma parcela que conheceu um crescimento exponencial durante a actual legislatura. A outra, bafejada por idêntica generosidade, corresponde à substituição de serviços internos, por serviços prestados por empresas privadas a “preços de mercado” (talvez porque muitos funcionárias foram enviados para casa, visto que havia funcionários a mais). Destaque para o último parágrafo do artigo, “só no subsector Estado (excluindo serviços e fundos autónomos), a aquisição de bens e serviços ao sector privado vai crescer 6,3% em 2009, ascendendo a 1404 milhões de euros, revelam ainda os mapas de despesa da proposta de orçamento de Estado divulgada esta semana pelo Governo. Este custo corresponde a cerca de 13% da despesa total com pessoal”. É caso para se dizer que a “corajosa” e “eficiente” reforma, valeu mesmo a pena!
Não haveria a inteligentsia política e económica aplaudir os esforços deste governo!
Principios de Agosto
Al dia siguiente se levantó tarde. Después de comer estuvo pensando en todo aquello, en las chicas de los veranos y en algunas apariciones más recientes, como N., o J., X., S. y se sintió verdaderamente solo. Pasó el resto de la tarde con un amigo hasta que se hizo de noche. Al llegar a casa se miró en un espejo y sonrió. Su vida le pareció transitada por decenas de cosas que caminaban de puntillas para no ser vistas.
Migala
(Pode ser o princípio de um mês qualquer. Ou não?)
25.10.08
Descobertas
E um agradecimento à WOAB que nos vai permitindo estes encontros!
A kiss could've killed me
If it were not for the rain
A kiss could've killed me
Baby if it were not for the rain
And I had a feeling it was coming on
I felt it coming
For so long.
If I'm to be the fool
Then so it be.
This fool can die now
With a heart that's soaked
How
How had it coming
For so long.
And darling take my hand
And lead me through the door
Let's kidnap each other
And start singing our song
My heart is charged now
Oh, it's dancing in my chest
And I fly when I walk now
From the spell in that kiss.
Cause I...
It could've
It could've killed me x2
If not for the rain.
Oh darling let me dream
Cause somewhere inside me
I have been waiting
So patiently
For you.
So don't you cry.
Don't break my dream.
Let the rain exalt us
As the night draws in.
Winds howl around us
As we begin.
What a way to start a fire
Broken with the break of day
A kiss could have killed me
If it were not for rain.
I have a feeling it's coming on.
I felt it coming on
for so long.
And it could've
It could've killed me.
If it were not for the rain.
23.10.08
Canções de que gosto (muito)
O Primeiro dia
Sérgio Godinho
A principio é simples, anda-se sozinho
passa-se nas ruas bem devagarinho
está-se bem no silêncio e no burburinho
bebe-se as certezas num copo de vinho
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
Pouco a pouco o passo faz-se vagabundo
dá-se a volta ao medo, dá-se a volta ao mundo
diz-se do passado, que está moribundo
bebe-se o alento num copo sem fundo
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
E é então que amigos nos oferecem leito
entra-se cansado e sai-se refeito
luta-se por tudo o que se leva a peito
bebe-se, come-se e alguém nos diz: bom proveito
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
Depois vêm cansaços e o corpo fraqueja
olha-se para dentro e já pouco sobeja
pede-se o descanso, por curto que seja
apagam-se dúvidas num mar de cerveja
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
Enfim duma escolha faz-se um desafio
enfrenta-se a vida de fio a pavio
navega-se sem mar, sem vela ou navio
bebe-se a coragem até dum copo vazio
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
E entretanto o tempo fez cinza da brasa
e outra maré cheia virá da maré vazia
nasce um novo dia e no braço outra asa
brinda-se aos amores com o vinho da casa
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida.
Hoje só poderia ser esta. Porque hoje é de facto uma espécie de primeiro dia.
21.10.08
Esperteza saloia da GESBA e da Direcção Regional de Agricultura
Ora, parece-me completamente indecente que a empresa se tente financiar com os lucros provenientes do trabalho dos produtores e dos seus investimentos e parece-me ainda mais indecente que a Direcção Regional da Agricultura ache que isto tudo é normal. Não é senhor director regional e exige-se-lhe que intervenha para repor alguma moralidade a este processo.
Mas isto remete-nos para um problema que é quase ancestral: os fundos europeus para a banana têm sempre ido para todos os lados menos para quem deles precisa, que são os produtores. Não pode, portanto, esta produção sair da cepa torta onde desde sempre tem estado mergulhada.
Percebo e até defendo que os apoios devam efectivamente ser investidos na melhoria da produção (melhorar a eficiência, pelo menos). Neste processo, os intermediários também são importantes e deve ser exigido aos produtores investimentos na qualificação do produto. O que não pode acontecer é o valor comercial do produto ser usado para financiamento de uma empresa, passando os subsídios a ser utilizados para o pagamento aos produtores. É imoral, é ilegítimo e estou mesmo convencido que até é ilegal, para além de que não beneficia nada o sector.
17.10.08
Palhaçadinhas, palhaçadas e palhações!
Carlos Pereira também já nos mostrou que tem uma certa dificuldadezinha em debater ideias e argumentos. À falta deles, vai de: habituem-se! Mas também já nos tinha habituado que o que gosta mesmo é de lançar umas farpelas mais ou menos generalistas, totalmente acríticas, sem que dê sequência à troca de ideias. É um estilo de se estar na blogosfera como outro qualquer.
Por isso, importa-me pouco, porque não sou seu (e)leitor (usual).
Este post vem apenas a propósito do tal habituem-se e das palminhas que bate (Carlos Pereira) e muitos outros socialistas ao programa Magalhães, ainda que existam muitas perguntas - que, ao que parece, não incomodam - sem respostas.
Ora, para além de termos sido informados que o Ministério da Educação (ME) anda a "sugerir" que as autarquias paguem o acesso à Internet (com uma despesa média anual de 300,00€ ano/máquina - não é um desperdício, seria um roubo e um rombo de dimensões monstruosas), não é que também soubemos o que entendem a Intel e o ME como formação? Ao que parece, no entender destas duas instituições, para rentabilizar este PC basta ensaiar umas musiquinhas de louvor ao programa! Entoam-se loas, que é como o líder quer e já está!
Então é isto que Carlos Pereira e outros denominam de qualidade governativa? É para isto que gostariam de ser alternativa na Madeira? É que se é isto que querem, obrigado, mas para mau, está bem como está!
16.10.08
Canções de que gosto (muito)
Os Índios da Meia Praia
Zeca Afonso
Aldeia da Meia Praia
Ali mesmo ao pé de Lagos
Vou fazer-te uma cantiga
Da melhor que sei e faco
De Montegordo vieram
Alguns por seu próprio pé
Um chegou de bicicleta
Outro foi de marcha à ré
Quando os teus olhos tropecam
No voo de uma gaivota
Em vez de peixe ve pecas de oiro
Caindo na lota
Quem aqui vier morar
Nao traga mesa nem cama
Com sete palmos de terra
Se constrói uma cabana
Tu trabalhas todo o ano
Na lota deixam-te nudo
Chupam-te até ao tutano
Levam-te o couro cabeludo
Quem dera que a gente tenha
De Agostinho a valentia
Para alimentar a sanha
De esganar a burguesia
Adeus disse a Montegordo
Nada o prende ao mal passado
Mas nada o prende ao presente
Se só ele é o enganado
Oito mil horas contadas
Laboraram a preceito
Até que veio o primeiro
Documento autenticado
Eram mulheres e criancas
Cada um com o seu tijolo
Isto aqui era uma orquestra
quem diz o contrario é tolo
E se a ma lingua nao cessa
Eu daqui vivo nao saia
Pois nada apaga a nobreza
Dos indios da Meia-Praia
Foi sempre tua figura
Tubarao de mil aparas
Deixas tudo à dependura
Quando na presa reparas
Das eleicões acabadas
Do resultado previsto
Saiu o que tendes visto
Muitas obras embargadas
Mas nao por vontade própria
Porque a luta continua
Pois é dele a sua história
E o povo saiu à rua
Mandadores de alta financa
Fazem tudo andar para tras
Dizem que o mundo só anda
Tendo à frente um capataz
Eram mulheres e criancas
Cada um com o seu tijolo
Isto aqui era uma orquestra
Que diz o contrario é tolo
E toca de papelada
No vaivém dos ministérios
Mas hao-de fugir aos berros
Inda a banda vai na estrada
PS: Alguém dizia-me ontem: E não é que a porra da canção é actual como tudo? Xiça...
Arengam-me há anos que vamos voltar aos tempos dos totalitarismos. Começo a acreditar... Que Deus nos acuda! Inda a banda vai na estrada!
15.10.08
Este país não é para velhos, não: é para patetas!
O que estes senhores esquecem é que não têm qualquer tipo de credibilidade. Esse capital, há muito que desbarataram. Mas continuam alguns patetas alegres a aplaudir.
O hiato que separa a propaganda de Sócrates e a realidade
Magalhães: para quê, para quem e até quando?
1. o programa será apenas para este ano, ou manter-se-á no futuro? Por exemplo, como é que será no próximo ano lectivo? Está garantido que todas as crianças que entrem no 1º ciclo do ensino básico terão a mesma oportunidade?
2. A resposta à questão anterior é fundamental, por forma a que se determine que equipamentos deverão ser adquiridos pelas e para as escolas. Se o Estado oferece PC's, continua a fazer sentido investir em salas TIC? Não será um desperdício?
3. Se for para se manter, que custos acarreta? Há viabilidade e sustentabilidade, ou será uma mera medida avulso puramente eleitoralista?
4. As medidas do QREN abertas para a Educação privilegiam investimentos integrados, que prevejam o equipamento tecnológico. Onde é que deve ser feito o investimento?
5. Está a ser dada formação aos docentes por forma a puderem rentabilizar esse recurso no processo ensino-aprendizagem? Para que serve, se nem as famílias nem os docentes conseguirão orientar as crianças ? (Quem segue o processo das TIC em educação sabe que a orientação das crianças de tão tenra idade é fundamental. Por isso é que o Estado e a União Europeia investem fortunas em programas como o Seguranet.)
6. O Ministério da Educação quer que sejam as autarquias a assegurar o pagamento dos acessos à Internet, no âmbito da Acção Social Escolar. Foram ouvidas as autarquias, relativamente a este custo adicional que o governo lhes quer imputar? E se a verba for a mesma, onde é que se vai cortar: no material didáctico, no equipamento contra a chuva e contra o frio ou na alimentação?
É que parece muito bem falar-se em Plano Tecnológico de Educação e aplaudir-se medidas deste tipo. A questão é saber se as medidas terão algum efeito prático. Mas isso já é pedir muito, a muitos (passe a redundância) acéfalos que por aí proliferam.
14.10.08
Afinal o gajo é mesmo bom
Independentemente da opinião que eu possa ter sobre o seu trabalho político, serve o presente post apenas para acrescentar que o gajo não é apenas bom em economia e finanças.
Afinal, o gajo também é mesmo bom em exigir para si a liberdade que quer negar aos outros, conforme bem provam as suas invectivas contra Luís Filipe Malheiro (LFM). Veja-se aqui, aqui, aqui e aqui, e muitas mais, ao longo de todo o seu blogue.
Ora, era só o que faltava que fosse cerceada a liberdade de expressão ao cidadão LFM apenas porque é funcionário da Assembleia Legislativa Regional. Desde que este não use de informação confidencial acedida pela função que desempenha - e não me parece ser o caso -, o LFM tem todo o direito de expressar a sua opinião sobre política, economia, o PS, as flores do Jardim da Madre Teresa, o que quer que seja e o que lhe dê na real gana.
E ao deputado Carlos Pereira, que afinal é mesmo bom, ficaria bem que debatesse ideias e não atentasse contra a liberdade de outrem. Porque para quem tanto reclama por verticalidade, elevação e dignidade no debate político, as suas atitudes - das quais os seus textos são exemplares - não revelam o político da excelência moral e hombridade que tem tentado desesperadamente se fazer passar.
O que o gajo parece não saber é que para se ser mesmo bom, é preciso saber conviver com a crítica e reconhecer aos outros aquela mesma liberdade que reclamamos para nós próprios. Ou pretende o deputado Carlos Pereira, quiçá imbuído no espírito que prolifera no país, que o LFM seja despedido por delito de opinião?
E para que não me acusem de apenas manifestar a minha indignação porque se trata de um vil e ignóbil ataque à liberdade de expressão de um dirigente do PSD, lembro que já me manifestei noutras alturas sobre o direito à liberdade de expressão de outros bloggers, nomeadamente manifestando a minha solidariedade ao Emanuel Bento aquando do seu despedimento do Diário de Notícias ou ao amsf, sobre aquele patético voto de protesto apresentado pelo PSD da Madalena do Mar.
13.10.08
Herberto
se me vendam os olhos, eu, o arqueiro! acerto
em cheio no alvo porque o não vejo:
por pensamento e paixão,
ou porque foi tão sentido o vento a luzir nos botões dos salgueiros,
como se atirasse do outro lado do vento,
ou na solidão de um sonho,
ou como se tudo fosse o mesmo: flecha e alvo –
e
cego
acerto em cheio:
porque não quero
Herberto Hélder. Está no novo livro.
Este país não é para velhos
Ainda não o tinha lido. Li-o de supetão este fim de semana e aconselho-o a toda a gente: Este País não é Para Velhos, de Comarc MacCarthy.
Já tinha visto o filme. Mas a prosa de McCarthy é absolutamente arrasadora. Não sou daqueles que acham que o livro é sempre melhor que o filme. Há casos e casos mas neste caso a palavra escrita ganha por KO, embora eu seja o primeiro a reconhecer que a adaptação dos Irmãos Cohen, com Tommy Lee Jones, Javier Bardem ou Woody Harrelson, é excelente.
Canções de que gosto (muito)
The Passenger
by Iggy Pop
I am the passenger
And I ride and I ride
I ride through the citys backside
I see the stars come out of the sky
Yeah, theyre bright in a hollow sky
You know it looks so good tonight
I am the passenger
I stay under glass
I look through my window so bright
I see the stars come out tonight
I see the bright and hollow sky
Over the citys a rip in the sky
And everything looks good tonight
Singin la la la la la-la-la la
La la la la la-la-la la
La la la la la-la-la la la-la
Get into the car
Well be the passenger
Well ride through the city tonight
See the citys ripped insides
Well see the bright and hollow sky
Well see the stars that shine so bright
The sky was made for us tonight
Oh the passenger
How how he rides
Oh the passenger
He rides and he rides
He looks through his window
What does he see?
He sees the bright and hollow sky
He see the stars come out tonight
He sees the citys ripped backsides
He sees the winding ocean drive
And everything was made for you and me
All of it was made for you and me
cause it just belongs to you and me
So lets take a ride and see whats mine
Singing...
Oh, the passenger
He rides and he rides
He sees things from under glass
He looks through his windows eye
He sees the things he knows are his
He sees the bright and hollow sky
He sees the city asleep at night
He sees the stars are out tonight
And all of it is yours and mine
And all of it is yours and mine
Oh, lets ride and ride and ride and ride...